O sócio-diretor da Pine Agronegócios, Alê Delara durante sua participação no BM&C Market, comentou sobre os rumores envolvendo a Ambev a partir de uma acusação da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), que representa produtores menores do que a Ambev.
Nesse contexto, Delara contextualiza que a venda para a Zona Franca, destacada pela CervBrasil, equipara-se a uma venda para o exterior. “Existem alguns códigos fiscais que são destacados pela nota fiscal de venda pelo lado do fornecedor, que dão uma isenção ou até uma suspensão dos impostos até que seja comprovada a entrega do produto em uma Zona Franca”, explicou.
Sendo assim, Delara explicou que quando você faz a venda de um produto para o exterior ou para uma Zona Franca há isenção desses impostos. Portanto, o fornecedor pode abater o custo desse imposto da mercadoria, e destina o produto um pouco mais barato, explicou.
“Se tem uma garrafa de refrigerante que custa R$ 10, considerando o custo de produção, o lucro da empresa e mais R$ 2 de lucro, tem a isenção desses R$ 2, podendo vender para uma Zona Franca por R$ 8”, exemplificou.
“Uma das teses que têm ganhado força no mercado é que a Ambev fez o crédito desses impostos de maneira indevida, então a nota fiscal de entrada dela foi inflacionada justificando este preço como imposto pago e fez o crédito deste imposto na conta gráfica da empresa”, finalizou.