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Início Opinião

Ameaças militares da Coreia do Norte: como forma de desviar a atenção

Marcelo José Ferraz Suano é Cientista Político e Internacionalista; Professor de Relações Internacionais; Diretor do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais

Por Marcelo Suano
26 de dezembro de 2022
Em Opinião
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Muito recentemente, questionamentos foram feitos sobre as ações da Coreia do Norte e como suas ameaças poderiam estar sendo combatidas pelos EUA. Questionando-se ainda sobre oque estaria sendo feito por norte-americanos e pelo Ocidente para contrapor os perigos vindos do norte da península coreana, em especial para conter suas ameaças nucleares, surgindo também perguntas sobre se os norte-coreanos teriam capacidade real de confrontar os Estados Unidos, seja atacando-os, seja resistindo a um ataque. 

Em um primeiro momento, é importante buscar entender qual é o poderio concreto que a Coreia do Norte detém, sabendo-se que seu poder se concentra quase que totalmente no aspecto bélico, mesmo que as informações acerca de suas Forças Armadas e armamentos estejam imprecisas, seja pela falta de documentos adequados divulgados para o mundo, seja pela possível inflação de dados acerca do efetivo e real poderiomilitar apresentado por Pyongyang com o intuito de dissuadir o mundo, certamente visando causar temor ao declarar que o país tem capacidade de enfrentar qualquer inimigo, caso seja ameaçado ou invadido. Nesse sentido, como os Estados Unidos têm projeção de poder mundial, logo, têm interesses e ações na região, com presença expressiva, os recados são dados diretamente a eles, mesmo que se saiba da pretensão norte-coreana de, na realidade, atuar contra a Coreia do Sul e o Japão, que serão os primeiros territórios atacados, caso vá à guerra.

Em termos de forças convencionais e nucleares, apesar das informações imprecisas, que devem estar superestimadas pelas bravatas governamentais, deve-se ter muito cuidado, pois, o volume, ainda assim, é expressivo! Acredita-se que o país tenha por volta de 1,28 milhão de militares na ativa, contra aproximadamente 550 mil da Coreia do Sul, de onde certamente se espera que venha a primeira reação de combate, contabilizando-se ainda mais 600 mil reservistas e, aproximadamente, 13 milhões de homens e mulheres disponíveis para o serviço militar, com mais ou menos 10 milhões aptos para o serviço, caso sejam necessários em curto prazo. Além disso, levando-se em consideração os armamentos convencionais, estima-se que tenha um volume significativo, com indicados 6.000 tanques e 2.000 peças de artilharia, 946 aeronaves, 450 navios de guerra, os quais, apesar de serem mais barcos de patrulha, com poucos realmente de grande porte, aponta-se terem 35 submarinos(uma escolha sábia devido ao perigo que representa um submarino), com alguns deles capazes de lançar mísseis com ogivas nucleares. 

Em síntese, mesmo que haja muita fanfarrice por parte do governo norte-coreano acerca dos seus efetivos, o que está disponível (divulgado por grupos de pesquisa de várias Universidades americanas e europeias, Think Tanks e instituições governamentais, como os conhecidos SIPRI e a própria CIA), é suficiente para causar um grande estrago e gerar uma crise mundial gigantesca, saindo da região e espalhando-se pelo globo, caso ocorra a catástrofe de uma guerra realizada pela Coreia do Norte. Falando dos armamentos não convencionais, a estimativa é de que o país tenha 20 ogivas nucleares, apesar de se suspeitar que possa já ter, ou ser capaz de possuir entre 45 e 55 artefatos, em pouco tempo (fonte SIPRI), além de mísseis capazes de alcançar13.000 Km, o suficiente para atingir o território dos EUA. 

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O problema, na realidade, é que a Coreia do Norte é a ponta do Iceberg! É um Pitbull chinês na região, que tem visto a China avançando paulatinamente para garantir o controle regional incontestavelmente e, não devemos nos surpreender, isto tem sido acatado positivamente pelos países da região! Além dos chineses, diz respeito também à Rússia. Imaginemos que Kim Jong-un alegue ser necessário atacar alguém, pois estará reagindo a uma agressão e vá à guerra. Primeiro, não se acredita que fará isso sem consultar o seu grande amigo do norte, os chineses! Se o fizer, o que vem em mente, imediatamente, é que não será tola de usar armas nucleares contra a Coreia do Sul, pois o seu próprio território sofreria as consequências, além de estar atacando o próprio povo, apesar de dividido por um paralelo e por regimes políticos distintos! 

Ademais, colocaria a China em uma situação constrangedora, já que é sua grande aliada e fiadora, que tem uma doutrina nuclear de “não primeiro ataque”, e se verá obrigada a buscar formas de pacificar a situação ou justificar o ato de seu aliado para poder tomar uma decisão, exceto se, claro, a guerra já estiver desenhada e também definida a dança para derrotar osnorte-americanos! Certamente, os norte-coreanos usariamarmamentos convencionais contra o sul, mas talvez ataque o Japão de forma mais incisiva, isso seria viável! A questão é que os EUA já estão há muito tempo se preparando e se organizando para garantir que tanto coreanos do sul quantojaponeses possam se defender e preparados para defendê-los! O Japão é o país com maior número de bases militares dos Estados Unidos, havendo 120 delas, contando com pouco mais de 53 mil soldados estacionados, e em terceiro lugar está a Coreia do Sul, com 73 bases e aproximadamente 26 mil soldados. Ou seja, Já há tropas para o combate, embora o volume seja muito inferior ao da Coreia do Norte!

O raciocínio passa para a tecnologia dos armamentos e, principalmente, à reação da China! A dinâmica e natureza atual das relações internacionais atuais produziram uma interdependência entre as economias que não permite mais uma aventura contra qualquer país, exceto se ele não estiver inserido na cadeia produtiva global, e/ou estiver isolado do fluxo de comércio e do fluxo financeiro mundial, algo muito raro no século XXI, explicando inclusive o que tem sido feito com a Rússia nessa tentativa de excluí-la da cadeia produtiva global, a qual também estaria presente nesta empreitada no sudeste asiático, pois tem interesses globais e regionais, além de fronteira de 16 km com a Coreia do Norte, logo tambémserá afetada, mesmo que o centro de suas atenções esteja na Ucrânia e na OTAN! 

Não se acredita que a China desejará ver esta aventura ir adiante, pois tem muitos problemas internos, dentre eles étnicos, além dos gerados com o prolongamento da Guerra na Ucrânia, que, por sua vez, rebaixou a Rússia como categoria de superpotência, já que não consegue resolver um imbróglio criado contra um país que não tinha condições de fazer frente à Federação Russa, mas, hoje, está enfrentando seu adversário com dureza admirável, mesmo que os ucranianos ainda não tenham percebido que não estão lutando apenas para garantir seu território e sua autonomia frente aos russos, mas estão fazendo o serviço difícil que os americanos não querem fazer diretamente. 

Está claro que é uma guerra por procuração, pois são os bilhões de dólares injetados na Ucrânia, bem como os armamentos fornecidos que dão condições para que resista, exatamente para impedir que a Rússia avance no questionamento da liderança dos EUA e seja capaz de enfrentar a OTAN. Certamente, o quadro é de que esta guerra perdure ainda em 2023, aguardando-se para ver para quem o fator tempo será benéfico: para os ucranianos, que terão mais e mais armamentos, porém menos combatentes, exceto se receberem muitos batalhões internacionais, o que poderá escalonar a guerra para um palco global; ou para a Rússia, que terá cada vez menos armamentos, apesar de poderem ter um efetivo muito maior de combatentes. Ressalte-se que, no caso dos armamentos, só contornarão o problema se receberem suporte claro de aliados que, até agora, apontam não quererem se envolver, ou se mobilizarem sua economia totalmente para esta guerra, além de surgirem algumas novas armas cuja preparação esteja finalizada, tal qual Moscou vem afirmando. Já no caso dos efetivos militares, não se sabe como está a predisposição deles para o combate, bem como qual sua real capacidade de atuação. Em síntese, a situação russa não é tão simples!

Voltando à Coreia do Norte, as bravatas de seu líder são uma distração aos norte-americanos, pois o centro do problema está no embate China versus EUA. Mais uma vez, o avanço chinês foi desproporcional ao que se pensava que poderia ser. Alavancaram em todos os setores, da economia às forças militares, e já deixaram claro que querem um mundo multipolar, pois sabem que, nessa configuração do sistema internacional, eles triunfarão, uma vez que entenderam melhor que os ocidentais o que pode ser o fator fundamental do poderno século XXI: dominar a tecnologia e a logística! Em um mundo multipolar, quem trabalhar melhor com a diplomacia e a interdependência econômica acabará dominando a política internacional e, para conseguir este intento, os elementos concretos para tanto são exatamente, como dito, a tecnologia e a logística. 

O projeto Iniciativa Cinturão e Rota é uma obra de arte na percepção estratégica da realidade contemporânea, pois reinterpreta a lógica britânica nos séculos XVII, XVIII e XIX, atualizando a percepção da necessidade de dominar todas as dimensões atuais: a terrestre, a marítima, a aérea e, como já se sabe, a dimensão cibernética das relações internacionais, onde a tecnologia é fundamental! A cibernética é um dado novo que, onde já se está em conflito, apesar de o mundo só sentir os seus efeitos quando alguém ultrapassa o muro para a dimensão física, não à toa se espera para saber se isso poderá gerar um confronto global! 

Além dessas questões e, exatamente por elas, é que os chineses tendem a triunfar, pois os norte-americanos, em especial quando sob governo dos Democratas, também acham interessante um mundo com várias potências dialogando, mas eles preferem demonstrar claramente o desejo de um mundo unipolar, ou uni-multipolar, apesar do sentido esdrúxulo que esses termos podem trazer: no primeiro caso, com apenas uma superpotência ditando as regras do jogo internacional; no segundo, uma única superpotência, mas admitindo várias grandes potências, que se equilibrarão, de forma a não haver nada que confronte a posição dos EUA.

Cada vez mais os americanos mostram não entender nada de política, ao contrário dos chineses que nunca tiram o sorriso do rosto e sempre dizem que querem todos iguais, apesar de sabermos que desejam o mesmo que os americanos. Os chineses não querem permitir o status de unipolaridade dos EUA, pois, inclusive, entendem a multipolaridade, com vários tipos de atores, além dos Estados, pois sabem que, dominando a tecnologia e a logística, terão todos os demais tipos de atores não estatais sob sua liderança. É neste ponto que os norte-americanos estão tensos, pois os avanços chineses e a aventura russa poderão colocar em xeque tudo o que eles produziram para si ao longo do século XX. O ano de 2023 trará a elucidação de muitos desses pontos, e podemos tratar disso em um próximo encontro!

Marcelo José Ferraz Suano é Cientista Político e Internacionalista; Professor de Relações Internacionais; Diretor do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais

Tags: ECONOMIAMERCADOopinião
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