
Após dois pregões negativos devido à decisão do Federal Reserve, os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta sexta-feira (4). O mercado aguarda o principal dado sobre o mercado de trabalho dos EUA, o payroll. A expectativa está para a criação de 200 mil vagas e taxa de desemprego em 3,6%. Caso os números mostrem força no setor, a mensagem mais hawkish feita pelo presidente do Fed, Jerome Powell, será reforçada.
O banco central norte-americano elevou a taxa de juros em 75 pontos-base pela quarta vez neste ano. Agora, a expectativa está dividida entre um quinto aumento de mesma magnitude ou o início para diminuir o ritmo de aperto monetário, com aumento de 50 pb. Segundo dados do CME Group, os investidores estão divididos.
No Brasil, o Ibovespa foi na contramão dos índices de Nova York e fechou estável, uma vez que Petrobras (PETR3;PETR4) conteve as perdas após divulgação de dividendos. Com a agenda de indicadores esvaziada, o mercado local deve reagir à enxurrada de balanços trimestrais divulgados na noite anterior, com destaque também para a estatal petrolífera, que registrou lucro de R$ 46 bilhões no terceiro trimestre.
No cenário político, a equipe de transição segue as tratativas, uma vez que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, conversou com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, para discutir a possibilidade de encaixar promessas de campanha já no próximo ano. A solução encontrada foi a tramitação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que visa criar despesas acima do teto de gastos.
O Índice de Preços ao Produtos (IPP) da zona do euro avançou 1,6% em setembro na comparação com agosto, segundo dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, Eurostat. O resultado ficou levemente abaixo da expectativa pelo mercado, que projetava variação de 1,7% para o período.
Bolsas da Ásia
Os mercados asiáticos tiveram alta em sua maioria. Novas especulações de que a China pode relaxar sua política mais rígida contra a covid-19, que pesa na atividade local, influíram nos negócios.
Na Bolsa de Tóquio, porém, o dia foi negativo, com balanços de tecnologia em foco.
▪️Tóquio — Nikkei: -1,68%
▪️Hong Kong — Hang Seng: +5,36%
▪️Taiwan — Taiex: +0,31%
▪️Coreia — Kospi: +0,83%
▪️China — Xangai: +2,43%
▪️China — Shenzhen: +2,68%
Bolsas da Europa
As ações europeias sobem, com os mercados encerrando uma grande semana para decisões de política do banco central e lucros corporativos.
O Banco da Inglaterra (BoE) implementou um aumento de 0,75 ponto percentual nas taxas de juros, assim como o Federal Reserve, nos Estados Unidos, em continuidade com os apertos agressivos em uma tentativa de conter a inflação nas duas regiões.
▪️Londres — FTSE100: +1,05%
▪️Frankfurt — DAX: +1,42%
▪️Paris — CAC 40: +1,75%
▪️Madrid — Ibex 35: +0,21%
▪️Europa — Stoxx 600: +1,20%
Agenda econômica
▪️ Espanha: Balanço de Telefónica, antes da abertura do mercado;
▪️ França: Balanço de Société Générale;
▪️ Alemanha/S&P Global: PMI composto de outubro (5h55);
▪️ Zona do euro/S&P Global: PMI composto de outubro (6h);
▪️ Estônia: Presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de aula aberta da Eesti Pank dedicada ao Professor Ragnar Nurkse (6h30);
▪️ Zona do euro/Eurostat: índice de preços ao produtor (PPI) de setembro (7h);
▪️ Diretor de Política Monetária, Bruno Serra Fernandes, profere palestra no Fórum de Estratégias de Investimentos 2022, realizado pelo Bradesco Asset Management (9h);
▪️ EUA/Dept°. do Comércio: relatório mensal de empregos (payroll) de outubro (9h30);
▪️ Brasil/S&P Global: PMI Composto e PMI de Serviços de outubro (10h);
▪️ Reino Unido: Presidente do Fed de Boston, Susa Colins, fala em evento do Brookings Institution (11h);
▪️ EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em atividade na semana (14h).