
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), informou, na reunião da semana passada, que houve diminuição recente do grau de ociosidade da economia brasileira. A ata ainda disse que o impacto defasado da política monetária aponta para um arrefecimento da atividade econômica, que tende a se acentuar à frente.
“O Copom antecipa que, caso se materialize o cenário alternativo de manutenção da desoneração tributária sobre combustíveis em 2023, voltará a enfatizar os horizontes típicos que incluam o primeiro trimestre de 2023. No entanto, o Copom avalia que não haverá impactos relevantes sobre a condução de política monetária, uma vez que os efeitos primários de tais medidas já estão sendo desconsiderados”, disse o documento.
Além disso, a ata pontuou que “a projeção da inflação de doze meses no segundo trimestre de 2024, no cenário em que se utiliza a trajetória de juros extraída da Pesquisa Focus, segue compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.
O governo de Jair Bolsonaro promoveu forte ampliação de gastos do governo neste ano eleitoral, incluindo uma aprovação do estado de emergência para liberar despesas sociais fora do teto de gastos.
Ainda, o governo já tinha proposto no Orçamento de 2023 a continuidade de parte dos programas que impactam as contas públicas, como a desoneração de tributos de combustíveis, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fez promessas para 2023, como a manutenção do valor do Auxílio Brasil em 600 reais por família.