
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve, pela segunda vez consecutiva, a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano na reunião encerrada nesta quarta-feira (26).
A expectativa dos analistas é de que a taxa de juros permaneça nesse nível até meados de 2023.
O BC avaliou que a decisão é compatível para a meta ao longo do horizonte relevante, que foi transferido também para 2024. “O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e de 2024”, afirmou.
Depois de altas nos últimos meses, as expectativas de inflação têm caído. A última edição do Boletim Focus reduziu a previsão de inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,62% para 5,6% em 2022. Em junho, as projeções para o IPCA chegaram a 9%.
Apesar disso, o Copom enfatizou a mesma mensagem do último comunicado sobre se manter vigilante e que o ciclo de alta poderá ser retomado.
“O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, disse o BC. “O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.”
Embora a gasolina e a energia elétrica tenham ficado mais baratas nos últimos meses, a guerra entre Rússia e Ucrânia continua a causar impacto nos preços do diesel, de fertilizantes e de outras mercadorias importadas. Além disso, a instabilidade na economia norte-americana, que enfrenta a maior inflação dos últimos 41 anos, tem provocado forte volatilidade na cotação do dólar em todo o planeta.
*Com informações da Agência Brasil
