Em entrevista a BM&C News, nesta quarta-feira (26), o estrategista chefe da Avenue, William Castro Alves, comentou o efeito que os juros produzem no mercado, destacando ainda, a importância de investir nos Estados Unidos como opção de proteção, mesmo que o cenário não seja atrativo.
Will relacionou o juros como a criptonita do mercado, para simplificar e explicar a função e impacto dos juros, em que o Super-Homem tinha um mineral, que supostamente o enfraquecia e ele não conseguia fazer nada, que a chamada criptonita.
Nesse contexto, o Will afirmou que neste ano está acontecendo algo semelhante, ”ao passo que o juros aparecem no mercado, todo resto derrete”, disse o estrategista. “Tudo basicamente derrete, as ações, os bonds, o ouro, as commodities e consequentemente os mercados emergentes”, completou.
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Portanto, Will destacou que, o que temos de peculiar nesse ano, é que esse aumento de juros trouxe uma correlação muito forte entre os ativos e uma correlação para baixo. Tendo em vista que, as políticas monetárias normalmente são anti cíclicas, e dessa vez não, Will afirmou que, o Banco Central americano adotou uma política que é mais cíclica, ou seja, a economia está desacelerando.
“O Banco Central americano está jogando os juros para cima e a economia ainda mais para baixo, por isso essa criptonita está presente no mercado”, afirmou o estrategista.
Por outro lado, Will destacou que por mais que o Brasil esteja melhor economicamente, os Estados Unidos segue sendo a melhor opção de proteção. Levando em consideração que, o Brasil tem uma série de incertezas, os EUA já passaram por vários momentos ruins como este, que as reservas do mundo seguem apostando em dólar.
Will destacou que ainda que há uma possibilidade de recessão nos Estados Unidos, mas explicou que uma recessão no EUA, que é a maior economia do mundo, o motor de crescimento da economia mundial, junto com a China, não passa despercebido no resto do mundo, portanto, outros mercado tendem a sentir a recessão. “O investidor alocando todo o capital no Brasil, não é uma maneira de se proteger”, finalizou, destacando a importância de investir no exterior.
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Confira a análise na íntegra:
