
Existem rumores no mercado de um possível calote envolvendo o segundo maior banco da Suíça, Credit Suisse. Isso tem gerado preocupação nas operações de fundos imobiliários. Para o estrategista-chefe da SaraInvest, Marco Saravalle, não é o momento de se desfazer das cotas.
“Eu não venderia nenhum fundo imobiliário neste momento por conta desse risco. Pelo contrário, se tem alguém vendendo e se os fundos caírem por conta desse risco, acho que pode ser oportunidade de compra porque a gente não está associando ao risco Credit Suisse, neste momento”, disse durante participação na programação ao vivo da BM&C News.
No entanto, para o estrategista, no exterior existe uma preocupação. “Provavelmente, as ações já estejam precificando um risco de liquidez, de insolvência muito grande, é só olhar pelo Preço/Valor Patrimonial (P/VPA) que já está sendo negociado muito baixo”, disse.
“Não vendam se for essa a decisão [possível crise do Credit Suisse]. Se você é correntista, a preocupação é outra e é um ponto realmente importante que precisa ser debatido junto com seu consultor/assessor”, avaliou.
De acordo com o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o banco precisará diminuir a operação em Nova York, Londres e diminuir Investiment Banking no mundo.
“O que deve acontecer é algo parecido com a IRB. A empresa não quebra, mas se capitaliza e é ruim para quem é sócio, funcionário há 20 anos, tem aquela ação e vai ver o valor da ação, que considerava sua aposentadoria, valendo bem menos”, avaliou.
O Credit Default Swaps (CDS) – que atua como um seguro contra risco de calote – disparou atingindo os maiores níveis da história, desde 2009. O CDS, na última sexta-feira (30), indicava que o mercado enxergava a probabilidade de inadimplência do banco em 21,1% nos próximos cinco anos.
Veja o trecho:
Assista o comentário completo de Gustavo Cruz: