
As pesquisas eleitorais apontam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como favorito nas intenções de voto (48%), seguida do presidente Jair Bolsonaro (PL) – 38%, de acordo com PoderData divulgado na última quarta-feira (28) -, e o mercado vem reagindo às movimentações políticas.
“Uma eventual vitória de Bolsonaro em primeiro turno traria mais confiança aos investidores, pois com o Bolsonaro seria respeitado o teto de gastos, menos intervenções nas empresas estatais, e respeito a independência do Banco Central para a intervenção do governo nas políticas econômicas”, disse o professor de análise técnica do Projeto Os 10%, Mario Pisani, em entrevista ao portal BM&C News.
Além disso, Pisani destacou que os riscos para um eventual descontrole da inflação no futuro seria minimizado, por conta das políticas fiscais e monetárias.
“A reeleição também contribui para que algumas politicas fiscais possam ser executada com mais êxito nos próximos quatro anos”, pontuou.
Em contrapartida, o especialista mencionou que no mercado de ações, os bancos privado reagiram de forma positiva depois que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e Henrique Meirelles (União Brasil) sinalizaram apoio ao Lula. O setor de construção civil apresentou melhora e o educacional também subiu por conta da retomada do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade Para Todos (Prouni).
“Por outro lado tivemos ações como Petrobras (PETR3;PETR4) reagindo de forma negativa, refletindo ao que o Lula disse de intervir nos preços da gasolina e o Banco do Brasil (BBAS3) também reagindo de forma negativa”, avaliou.
Contudo, além das ações de Petrobras e Banco do Brasil, Eletrobras (ELET6), Cemig (CMIG4) e outras companhias dos setores devem reagir de forma positiva com a reeleição de Bolsonaro, de acordo com a análise de Pisani.
“Vale também ressaltar que independe de quem ganhe, o cenário de recessão externa ainda tem um impacto muito negativo para o Brasil”, finalizou.