
Diversas startups brasileiras anunciaram demissões de seus funcionários. O caso mais recente foi da empresa de Thiago Nigro, Primo Rico, que cortou 40 pessoas do seu quadro de funcionários, após ter demitido 20% de sua equipe em maio deste ano.
O cofundador da Captable, Guilherme Enck, disse, durante participação na programação da BM&C News, nesta terça-feira (13), que o mercado das startups estão repletos de oportunidades.
“O modelo de negócio das startups, de captar recursos para crescer rápido, ainda não acabou”, disse.
Dessa forma, o especialista explicou que, as empresas que fazem isso, tem um fluxo de caixa negativo e a captação de recursos no mercado se dá para bancar esses prejuízos.
Enck usou como exemplo a Amazon e disse que a companhia passou 20 anos dando prejuízo. “Como a Amazon não quebrou? Sempre que acabava o dinheiro ela ‘abria mão’ de mais participação, ou seja, vendia mais ações no mercado para captar recursos para bancar esses prejuízos para continuar gastando dinheiro e crescer até virar esse ‘mostro global’ que virou”, destacou.
Além disso, o especialista relembrou um episódio em que Jeff Bezos, CEO da Amazon, enviou uma carta aos acionistas pedindo desculpas por ter dado lucro. “Porque se deu lucro, significa que ele não usou todos os recursos que tinha à disposição para continuar crescendo o negócio, que era o foco até então”, destacou.
No entanto, Enck pontuou que, atualmente, o foco inverteu: “Agora é sobrevivência, porque segundo especialistas do mercado, a gente está vivendo o ‘inverno das startups’, embora eu não acredite nisso, pelo contrário, estamos em um ‘mar’ de oportunidades”, destacou.
Assista o trecho da entrevista: