
De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no dia das eleições de 2022, agendada para 2 de outubro deste ano, 577.125 urnas eletrônicas estarão ao dispor dos votos, por todo o país.
Em suma, as urnas eletrônicas, desde sua criação em 1996, já foram restauradas 13 vezes, cada uma com atualizações de hardware. Vale destacar que o tempo de vida de uma urna eletrônica é em média de dez anos.
Entenda como funciona uma urna eletrônica:
Para que os votos não sejam identificados, dentro de cada urna, eles são computados de maneira embaralhada e criptografada e as informações ficam armazenadas dentro do equipamento.
Sendo assim, o sistema interno da urna eletrônica faz o cálculo dos votos e cria um arquivo chamado Registro Digital de Voto, isso acontece no final do dia da votação.
Portanto, o Registro Digital de Voto é gravado em um pen drive, denominado de Memória de Resultado, de uso exclusivo da Justiça Eleitoral.
Em seguida, a Memória de Resultado de cada uma das urnas são transportadas por um fiscal para esse ponto físico com acesso ao sistema da Justiça Federal. No entanto, é necessário ter uma assinatura digital para ter acesso aos dados contidos no pen drive.
Para prevenir qualquer erro, os mesmos dados armazenados na Memória de Resultado seguem contidos em um cartão de memória dentro da urna. Operando como backup caso exista algum problema com o outro dispositivo.
Segurança das urnas eletrônicas
Em resumo, as urnas são desenvolvidas para ser um dispositivo isolado, sendo assim, ela não tem acesso ao bluetooth, à internet ou a nenhum tipo de rede.
À vista disso, é quase nula a possibilidade de um ataque hacker. O software da urna é um sistema Linux desenvolvido pelo próprio TSE e que não possui mecanismos de conexão à rede.
Logo, para ocorrer uma invasão no dispositivo, seria necessário o hacker ter posse de cada uma das urnas e violar o sistema de uma por uma. Ainda assim, para violar o software, ele precisaria vencer todas as barreiras de segurança sem que a urna automaticamente travasse.