A preocupação das empresas com o ESG (Environmental, social, and corporate governance, ou em português : governança ambiental, social e corporativa) é válida, mas só se sustenta caso seja voltada para o lucro. A opinião é de Emanuel Pessoa, advogado e especialista em direito internacional.
“O ESG, antes de tudo, precisa se orientado para o lucro das empresas. É a única possibilidade de que elas continuem praticando o ESG”, afirmou Pessoa durante entrevista à BM&C News após sua participação no evento SaraInvest Day, no último sábado (20).
Segundo ele, se as empresas se dedicassem apenas a atividades sociais, sem pensar em lucro, elas começariam a ter prejuízos e deixariam de conseguir praticar essas próprias atividades, até que quebrariam.
“As companhias precisam antes de tudo focar em continuar suas atividades e honrar os deveres fiduciários dos seus sócios-investidores”, afirmou.
Sobre o evento
O SaraInvest Day foi realizado em São Paulo e, além de Emanuel Pessoa, contou com nomes como Sérgio Machado, gestor de fundos há mais de 40 anos, Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, Werner Roger, CIO da Trigono Capital, Guilherme Zanin, estrategista da Avenue, Helô Cruz, Gestora da Stoxos, entre outros grandes nomes.
Os painéis abordaram diferentes temas, como a possibilidade de uma recessão global, previsões do mercado para 2023, cenário eleitoral, ações mais promissoras e até mesmo a importância da dolarização como ativo de investimento.