A taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar e ficou em 9,3% nos três meses até junho, menor patamar para o período desde 2015, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
A queda foi um pouco maior do que a esperada por analistas consultados em pesquisa Reuters, cuja mediana apontava para uma taxa de 9,4% no período.
No trimestre encerrado em maio, o desemprego estava em 9,8%.
A população ocupada foi estimada em 98,3 milhões no trimestre até junho, recorde da pesquisa, iniciada em 2012, e alta de 3,1% sobre o trimestre anterior, enquanto o número de desempregados recuou 15,6%, para 10,1 milhões.
O número de trabalhadores formais cresceu 2,6% no período, enquanto os sem carteira assinada aumentaram 6,8%. A taxa de informalidade foi de 40,0% no trimestre encerrado em junho.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destacou o papel importante da informalidade no crescimento recente da ocupação. “Podemos observar que parte importante dos serviços, como os serviços pessoais prestados às famílias, tem grande participação de trabalhadores informais e está influenciando essa reação da ocupação. Isso também tem ocorrido na construção, setor com parcela significativa de informais”, afirmou em nota.
O rendimento real habitual seguiu estável na comparação com o trimestre anterior, em 2.652 reais. No ano, o rendimento tem queda real de 5,1%.
A ocupação aumentou em diversos setores no trimestre frente ao trimestre móvel anterior, com destaque para indústria (+2,7%), construção (+3,8%) e comércio (+3,4%).
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