A Apple divulgou nesta quinta-feira lucro e receita acima do esperado por Wall Street, beneficiando-se de demanda sólida por iPhones e passando pela crise na oferta de componentes eletrônicos de maneira melhor que a prevista pelo mercado.
A companhia teve receita de 83 bilhões de dólares e lucro de 1,20 dólar por ação no trimestre encerrado no fim de junho. Analistas, em média, esperavam faturamento de 82,8 bilhões de dólares e resultado positivo de 1,16 dólar por papel, segundo dados da Refinitiv.
O vice-presidente financeiro da Apple, Luca Maestri, afirmou à Reuters que não houve desaceleração na demanda por iPhones.
Investidores estão observando a Apple de perto conforme indicadores econômicos se tornam negativos. No passado, a base de clientes leais da companhia ajudou a empresa a superar crises melhor que rivais.
Enquanto as vendas de iPhones e iPads superaram expectativas, a receita com serviços, computadores e acessórios ficou abaixo do esperado por Wall Street no trimestre. As vendas na China recuaram 1%.
As ações da Apple acumularam até esta quinta-feira queda de 11% no ano, pouco menos que a desvalorização do índice S&P 500 e também menos que outras empresas de eletrônicos de consumo como a Samsung.
As vendas de iPhones no trimestre somaram 40,7 bilhões de dólares, alta de cerca de 3% sobre um ano antes, ficando bem a frente do mercado global de smartphones, que teve queda de 9% nas vendas no trimestre passado, segundo dados da empresa de pesquisa Canalys.
A Apple afirmou que tem atualmente 860 milhões de assinantes de algum de seus serviços pagos ante 825 milhões no trimestre anterior.
As vendas de iPads e computadores Mac somaram 7,2 bilhões e 7,4 bilhões de dólares, respectivamente, ante projeções médias do mercado de 6,9 bilhões e 8,7 bilhões de dólares. As vendas de computadores representaram queda de 10%.
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