O Banco Central Europeu (BCE) elevou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.), conforme anunciou na manhã desta quinta-feira (21), e apresentou um novo programa de compra de títulos para manter os custos dos empréstimos sob controle para os países mais endividados da zona do euro. Trata-se do primeiro aumento desde 2011.
A expectativa do mercado era de uma elevação de 0,25 p.p., conforme antecipou na última reunião, e deixando a possibilidade de um aumento maior para setembro.
Ele também aumentou a taxa sobre seus leilões semanais e diários em 0,50 ponto, para 0,50% e 0,75% respectivamente, e sinalizou que novos aumentos em suas três taxas provavelmente virão este ano.
“Nas próximas reuniões do Conselho, uma maior normalização das taxas de juros será apropriada”, disse o BCE. “A antecipação hoje da saída dos juros negativos permite que o Conselho faça uma transição para uma abordagem reunião por reunião em relação às decisões sobre as taxas de juros.”
Em uma tentativa de amortecer o impacto do aumento dos custos de empréstimo, o BCE também revelou uma nova ferramenta, o Instrumento de Proteção de Transmissão (TPI).
Isto permitirá que o banco compre títulos quando vir sinais de fragmentação financeira – uma divergência injustificada nos custos de empréstimo entre os 19 países da zona do euro.
“A escala das compras de TPI depende da gravidade dos riscos enfrentados pela transmissão da política monetária. As compras não são restritas ex ante”, disse o BCE.
O banco central da zona do euro não aumentava as taxas há 11 anos e a taxa de depósito estava em território negativo desde 2014.
O aumento de 0,50 ponto pelo BCE nesta quinta-feira ainda o deixa atrasado em relação aos seus pares globais, particularmente o Federal Reserve, que elevou os juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto no mês passado e deve adotar movimento pela mesma margem em julho.
*Com informações da Reuters
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