A Petrobras (PETR4) anunciou, nesta terça-feira (19), uma redução no preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras. A partir desta quarta-feira (20), o valor passará de R$ 4,02 para R$ 3,86 por litro.
Para Sérgio Araújo, presidente da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a decisão da estatal está correta. “O compromisso que a Petrobras tem é de estar acompanhando o Preço de Paridade Internacional (PPI). De fato, nos últimos 6 ou 7 dias, a gasolina fornecida pelas refinarias da Petrobras vinha com um preço pouco acima da paridade internacional. Tecnicamente, essa decisão está correta”, afirmou em entrevista ao programa Top News, da BM&C.
Araújo ressaltou que a redução do preço foi uma decisão política. “Sem dúvidas isso tem um viés político. É uma notícia muito boa para o executivo dar para a população”.
“O que nós esperamos é que a Petrobras continue com essa prática e, caso os preços da commodity e do câmbio venham elevar o valor da PPI, que a Petrobras acompanhe também nos movimentos de subida”, pontuou o presidente da Abicom.
Diesel
Segundo Sérgio Araújo, a expectativa é que os preços continuem subindo, principalmente, para o diesel. “A gasolina está mais estabilizada, a volatilidade é menor do que o óleo diesel. Existe um desequilíbrio a nível mundial entre oferta e demanda do óleo diesel, com expectativa de oferta reduzida e de demanda crescente, isso leva a crer que vai continuar subindo”, disse o presidente da Abicom.
De acordo com Araújo, os preços praticados pelas refinarias nacionais estão bem alinhados com a paridade internacional. “Eu diria até um pouco acima do valor da paridade”.
Em relação à importação de petróleo da Rússia, o presidente da Abicom destacou que, se caso o Brasil trouxesse o produto russo, permitira uma redução da PPI.
“As restrições são muito elevadas em função das sanções. Acho que ninguém estaria disposto a correr o risco de quebrar a sanção imposta”, finalizou Sérgio Araújo.
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