O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (6), após a divulgação da Ata do Federal Reserve. Os papéis ligados ao varejo seguiram com valorização.
O principal índice da B3 encerrou em alta de 0,43%, aos 98.718,98 pontos.
As ações de grandes varejistas ainda sobem. Entre elas, Via (VIIA3) subiu 10,29% e Magalu (MGLU3) avançou 3,78%.
O mercado repercutiu a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve.
Na última decisão, o BC norte-americano fez a sua maior elevação nos juros desde 1994, ao elevar a taxa em 0,75 ponto percentual. Com base nos dados divulgados nos dias anteriores à sessão, “os participantes concordaram… que as perspectivas de inflação de curto prazo se deterioraram desde o momento da reunião de maio”, afirma a ata, justificando o aumento de 0,75 ponto percentual nos juros e um movimento para uma política monetária “restritiva”.
Os participantes julgam que um aumento de 50 ou 75 pontos-base provavelmente será apropriado na reunião de política do fim deste mês.
“O problema todo é que é uma ata que reflete o passado. O cenário mudou. O mercado precifica uma recessão agora. O que vemos é que o Fed já tem espaço para ser mais frouxo no aperto monetário. A curva já não mostra uma alta de 75 pontos, mas sim de 50 pontos. O problema agora são os dados pela frente que vão fazer preço. Agora, a preocupação do mercado é o que o Fed irá fazer para evitar esse cenário de recessão nos EUA nos próximos meses”, comentou Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores.
Na Europa, a agência Eurostat informou que as vendas no varejo aumentaram 0,2% em maio sobre o mês anterior, depois de queda de 1,4% em abril.
Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam um aumento de 0,4% no mês.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas no varejo também cresceram 0,2% em maio, disse a Eurostat, superando as expectativas do mercado de uma queda de 0,4%.
Apesar do aumento marginal nos gastos no varejo, as vendas de alimentos, bebidas e tabaco caíram 0,3% no mês, ampliando a queda de 2,3% registrada em abril, que foi a pior queda desde junho de 2020, quando os países da zona do euro começaram a reabrir suas economias após os lockdowns contra a Covid-19.
Com Reuters
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