O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, discursou nesta quarta-feira (22), no Congresso dos Estados Unidos, e falou sobre a política monetária americana.
Antes de responder aos questionamentos de senadores, Powell disse que a guerra na Ucrânia aumentou o preço da gasolina nos postos dos Estados Unidos, assim como a pressão sobre a inflação norte-americana.
“Estamos fortemente comprometidos para tentar reduzir a inflação para a meta de 2% com rapidez”, disse. Além disso, o chair do banco central dos Estados Unidos acrescentou que o ritmo do aperto dependerá de dados e da perspectiva para a economia.
“Os mais recentes indicadores de inflação sugerem que devemos acelerar o ritmo [de aperto monetário] para chegarmos em um nível neutro”, pontuou.
Além disso, o executivo afirmou que o Senado não pode fazer muito no curto prazo para conter esses apertos monetários.
Análise sobre discurso de Powell
Guilherme Zanin, estrategista da Avenue, avaliou que Powell não deu pistas de que poderia desacelerar a elevação da taxa de juros ou ainda que pudesse arrefecer em um horizonte de médio e longo prazo. “Ele está com um discurso bem combativo, no sentido de que ele precisa manter os juros elevado e precisa manter a expectativa de juros baixa”, disse durante transmissão ao vivo da BM&C News.
Zanin acrescentou que Powell precisa dar um choque na demanda, aumentar os juros de forma agressiva, manter um discurso combativo para trazer a inflação de volta ao objetivo de 2%.
“Mas isso não é fácil e isso infelizmente acaba gerando desaceleração econômica e, consequentemente, desaceleração nos resultados das empresas e queda do mercado de ações”, concluiu.
Confira a análise completa:
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