A decisão do ministério de Minas e Energia para destituir José Mauro Coelho e indicar Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar de Paulo Guedes, para a presidência da Petrobras (PETR4) gerou fortes repercussões entre analistas do mercado financeiro. O BTG Pactual destacou, em relatório enviado nesta terça-feira (24), que os mecanismos de governança da petroleira impediram – até o momento – uma interferência mais direta por parte do governo.
Apesar disso, o banco teme que o verdadeiro teste ainda esteja por vir. “Achamos que o novo CEO enfrenta um dilema difícil: como preservar seu próprio emprego seguindo as políticas da empresa e sem comprometer a disponibilidade de combustível do Brasil?”, perguntam os analistas, que enfatizam sobre a necessidade de a companhia se manter no IPP (paridade internacional de preços).
A troca no comando da estatal reitera o posicionamento do banco de que as ações da companhia continuarão altamente voláteis, pois os investidores percebem um alto risco associado à continuidade do fluxo de dividendos.
Dentro do tema de petróleo, porém, os analistas afirmam que preferem outros ativos do setor. O BTG segue com sua recomendação neutra em relação às ações preferenciais da Petrobras, com preço-alvo em R$ 41,00.
Na manhã desta terça, os papéis da estatal caem 3,20%, a R$ 31,50 por volta das 11h, enquanto as ações ordinárias registram queda de 2,74%, a R$ 34,43. As American Depositary Receipts (ADRs), negociadas na New York Stock Exchange (Nyse) operam em baixa 3,15%, a US$ 14,32 no mesmo horário.
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