O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, aumentou em 1 ponto percentual a taxa básica de juros, Selic, passando de 10,75% para 11,75% ao ano. A próxima projeção para a reunião de maio é de que suba em 1% e, com isso, os investidores ficam na dúvida se travar os ativos é a melhor estratégia. Christopher Gomes Galvão, analista de renda fixa na Nord Research, explicou o que deve ser feito em entrevista exclusiva à BM&C News, nesta quinta-feira (17).
“Esta mentalidade está um pouco equivocada, porque muitas pessoas acabam tomando essa decisão com base no que já aconteceu. (..) a inflação daqui para frente não é esperada que vá ser mais de 10%, é esperado que vá desacelerar”, disse.
O analista destacou que a expectativa de inflação para este ano é de cerca de 6,5% ao ano e, para 2023, 3,7%, conforme apontou o Banco Central.
“Quando as pessoas vão entrar para um pré-fixado ou em um indexado à inflação, ela tem que, na verdade, mudar a mentalidade e olhar as expectativas em relação ao futuro”, destacou.
As consequências apontadas pelo especialista é o efeito de marcação ao mercado bater no negativo de maneira muito forte nos investimentos por conta do movimento do juros real.
“Para você ganhar no indexado à inflação, não basta só que a inflação suba, ela tem que subir com as expectativas do mercado de juros nominais estáveis”, avaliou.
Christopher pontuou, por fim, enxergar, atualmente, outros tipos de investimentos, especialmente os pós-fixados, que garantem segurança, liquidez e rentabilidade, com uma visão muito mais positiva do que sobre os pré-fixados ou até os indexados à inflação.
Confira no vídeo abaixo como corrigir uma movimentação de investimentos errônea:
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