O presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, nesta quinta-feira (17). No discurso, o chefe de Estado brasileiro comentou que a retirada das tropas russas da fronteira com a Ucrânia representa “um gesto de que a guerra realmente não interessa a ninguém”.
“Trocamos informações sobre uma possibilidade ou não de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia. E passei para ele o meu sentimento que tive dessa viagem, até mesmo pela coincidência de ainda estarmos em voo para Moscou e parte das tropas russas serem desmobilizadas da fronteira. Entendo como um gesto de que a guerra realmente não interessa a ninguém”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro complementou que o mundo não se interessa pela guerra porque “todo mundo perde com isso, especialmente a vizinhaça, que é uma preocupação do Orbán e do seu presidente [János Áder]”.
No entanto, vale lembrar que os Estados Unidos acusaram a Rússia de não estar retirando tropas de sua fronteira, mas sim aumentando o seu contingente em mais de sete mil soldados. A informação foi dada por um alto funcionário da Casa Branca.
Tratados bilaterais
No encontro, Bolsonaro e o primeiro-ministro da Hungria anunciaram a assinatura de três tratados bilaterais. Um deles diz respeito à área de defesa dos dois países, enquanto outro está relacionado com ações humanitárias. Já o terceiro acordo está voltado para recursos hídricos.
Compra de aviões da Embraer
O premiê também anunciou que o país comprou dois novos aviões da Embraer (EMBR3) e falou sobre o ineditismo na visita de um presidente brasileiro à Hungria.
Aberto à negociações
Viktor Orbán ainda declarou que o Brasil está aberto para fazer negociações com o país europeu. Segundo ele, a Hungria enxerga o Brasil “como uma grande possibilidade” para negócios, além de um país amigo e um colega comercial.
Após a declaração à imprensa, o primeiro-ministro ofereceu um almoço em homenagem a Bolsonaro.
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