O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a primeira etapa da privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), nesta terça-feira (15), nos moldes desejados pelo governo. Foi analisado o valor de outorga, ou seja, a quantia que os compradores devem pagar para adquirir a companhia.
O resultado da votação foi de 6 votos a 1, com apenas o ministro Vital do Rêgo votando contra. A previsão do governo é realizar a operação até maio deste ano.
Vital do Rêgo, informou que identificou três falhas na modelagem da Eletrobras, sendo elas:
- Na estimativa do preço da energia no longo prazo
- No risco hidrológico da privatização
- Na taxa de desconto dos fluxos de caixa da privatização
O ministro afirmou ainda que o erro na estimativa do preço de energia gerou uma subavaliação de R$ 46 bilhões da Eletrobras.
Vital do Rêgo votou para o governo rever as taxas de desconto para novos contratos de concessão.
“Não existe neutralidade tarifária com privatização da Eletrobras”, afirmou o ministro.
Ainda de acordo com ele, a venda da estatal pode levar a impacto tarifário entre 4,3% e 6,5% ao ano ao consumidor.
De acordo com o decano do TCU, a privatização da Eletrobras é uma das mais importantes que já foram submetidas à Corte de Contas e é fundamental para a empresa seguir com suas atividades.
Com Estadão Conteúdo