Mesmo com a retomada da economia em 2021, muitos setores continuaram sendo afetados pela pandemia de Covid-19. O agronegócio foi um deles, mas o setor conseguiu manter o bom ritmo de produção dos últimos anos, mesmo com um recuo de 0,4% da safra nacional no ano passado.
Segundo dados do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 a produção fechou com o total de 253,2 milhões de toneladas.
O agronegócio ocupa um lugar muito importante para economia mundial, além de contribuir para o crescimento da exportação do país.
Pensando na importância do agronegócio brasileiro, vamos trazer as 10 maiores empresas do setor em 2021, de acordo com a lista da Forbes. Foram consideradas empresas (incluindo holdings e cooperativas) com faturamento no Brasil de pelo menos R$ 1 bilhão em 2020. Quando indicado, o levantamento considerou o faturamento consolidado das holdings.
Além disso, foram considerados o tipo e o grau de atuação de cada companhia ou grupo no agronegócio brasileiro, mesmo nos casos em que a relação da atividade principal com o agronegócio seja indireta.
O faturamento somado das 10 empresas foi de R$ 741,65 bilhões.
Confira as 10 maiores empresas do agronegócio brasileiro, segundo a Forbes:
1 – JBS (JBSS3)
Setor: Alimentos e Bebidas
Receita: R$ 270,20 bilhões
A JBS é a maior empresa de Alimentos e Bebidas e segunda maior empresa de alimentos do mundo. A companhia tem cerca de 400 unidades produtivas em 15 países nos cinco continentes. Além de produzir carnes bovina, suína e de aves, a empresa possui negócios correlacionados, como couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas, e recentemente entrou nos alimentos alternativos, investindo em proteína vegetal e animal. Em 2020 a empresa voltou a apresentar um resultado recorde, com faturamento de cerca de R$ 270 bilhões, crescimento de 32% ante 2019.
2 – Raízen (RAIZ4)
Setor: Agroenergia
Receita: R$ 120,58 bilhões
A Raízen é a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e maior exportadora individual de açúcar de cana no mercado internacional. Raízen surgiu como uma joint venture entre a Cosan e a Shell do Brasil. Possui 26 unidades produtivas e uma ampla rede de distribuição de produtos, com cerca de 7 mil postos de serviço da marca Shell, 65 terminais de distribuição e 65 aeroportos. A empresa possui 1 gigawatt de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana.
3 – Cosan (CSAN3)
Setor: Agroenergia
Receita: R$ 68,63 bilhões
A Cosan é uma das maiores empresas de agroenergia do país. Em 1989 o grupo chegou a ser o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, com 22 empresas e moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5% do total brasileiro.Atualmente, o grupo Cosan produz e exporta etanol e açúcar, gerando energia ao utilizar o bagaço da cana. Também atua na logística de açúcar e outros granéis sólidos destinados à exportação.
4 – Marfrig (MRFG3)
Setor: Alimentos e Bebidas
Receita: R$ 67,48 bilhões
A Marfrig é a segunda maior empresa de Alimentos e Bebidas do mundo. A Marfrig possui capacidade de abater 31,2 mil bovinos e 6.500 ovinos por dia. Ela tem 28 unidades operacionais da América do Sul, no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai, e oito unidades nos Estados Unidos.
5 – Cargill
Setor: Alimentos e Bebidas
Receita: R$ 67,16 bilhões
A Cargill é a maior empresa de capital originalmente não brasileiro desta lista. Atualmente, a Cargill atua nas áreas de alimentos, energia e logística. No Brasil desde 1965, é uma das maiores indústrias de alimentos do país. É proprietária de marcas tradicionais do mercado de consumo, como o óleo de milho Mazola, a maionese Lisa e os molhos e extrato de tomate Elefante.
6 – Ambev (ABEV3)
Setor: Alimentos e Bebidas
Receita: R$ 58,38 bilhões
A Ambev é a maior cervejaria do mundo, nascida da compra da Antarctica pela Brahma, a gigante industrial AmBev também atua no agronegócio. A cervejaria é uma voraz consumidora de cevada, matéria-prima do malte, principal insumo da cerveja. Nesse sentido, a Ambev produz cevada diretamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, e atua tam bém em parceria com cooperativas nessas regiões, que produzem cevada para abastecer suas maltarias.
7 – Bunge
Setor: Alimentos e Bebidas
Receita: R$ 50,52 bilhões
Em 1884, a Bunge começou a exportar trigo da Argentina para a Europa. A companhia está em cerca de 40 países. No Brasil desde 1905, a Bunge tem possui cerca de 100 unidades entre fábricas, moinhos, portos, centros de distribuição, silos e instalações portuárias.No campo, a empresa é uma das líderes em originação de soja, milho, trigo, caroço de algodão, sorgo e girassol. Entre os produtos fabricados estão óleos, maionese e margarinas, como os das marcas Soya, Primor e Salada. Em 2019, concluiu com a BP a criação da joint venture BP Bunge Bioenergia, na qual estão 11 usinas de cana-de-açúcar.
8 – Copersucar
Setor: Agroenergia
Receita: R$ 38,7 bilhões
A Copersucar é a maior cooperativa brasileira e possui um modelo de negócios único no setor sucroenergético, que inclui todos os elos da cadeia de açúcar e etanol, desde o acompanhamento da safra no campo até os mercados finais, incluindo armazenamento, transporte e comercialização. No último ano-safra, a Copersucar produziu 5,4 milhões de toneladas de açúcar, dos quais 2 milhões destinaram-se ao mercado interno e 3,4 milhões foram exportadas. A Copersucar também controla a Eco-Energy, nos Estados Unidos, que no ano-safra mais recente movimentou 6,5 bilhões de litros de etanol.
9 – BRF (BRFS3)
Setor: Alimentos e Bebidas
Receita: R$ 33,5 bilhões
A BRF surgiu em 2009 pela fusão de duas concorrentes. A Perdigão, fundada em 1930 em Videira (SC), e a Sadia, que surgiu na década seguinte em Concórdia, também em Santa Catarina. Como resultado da fusão, a BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e é a maior exportadora de carne de frango do Brasil. A empresa possui mais de 30 marcas em seu portfólio.
10 – Cofco Internacional
Setor: Trading e Comércio
Receita: R$ 33,22 bilhões
Atualmente, a Cofco é uma das maiores tradings do mundo. Em 2019, a empresa transportou 106 milhões de toneladas de soja, grãos, açúcar, algodão e café. A Cofco iniciou suas atividades comprando soja brasileira em 1974, após restabelecimento de relações diplomáticas entre China e Brasil. A companhia vem ampliando suas atividades no Brasil, ampliando seus investimentos em armazenagem e processamento de grãos.