Roberto Dumas, professor de economia internacional do Insper, avaliou, durante participação no programa BM&C Stock, a fala de pré-candidatos à presidência da República sobre exceder o teto de gastos.
“Arde até os ouvidos ouvir determinadas coisas, por exemplo, reestruturação da dívida pública, quando se fala disso parece que quem está ganhando o máximo de dinheiro são os bancos, o que não é verdade”, pontuou o professor.
Dumas explicou que cerca de 29% da dívida pública são financiadas pelas instituições financeiras, já o restante fazem parte dos investimentos e até mesmo do fundo de garantia que está em títulos públicos.
Falando em restruturação da dívida pública, o professor destacou os impactos de não respeitar o teto de gastos. Devido ao risco, os investidores passam a migrar para o dólar.
Além disso, o especialista relembrou os calotes da dívida externa em 1982, 1987, no Plano Collor, inflação em 1980 a 1994, e citou o calote na PEC dos Precatórios para justificar que o pedido de taxa de juros menor é inviável.
“A conta não fecha. Eu acho que alguns candidatos não estão contando ou é uma falha de conhecimento de política macro econômica enorme. É questão de bom senso”, destacou.
Confira a análise completa no vídeo abaixo:
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