O Ibovespa fechou em alta, nesta terça-feira (25), na contramão dos mercados dos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 2,10%, cotado a 110.203,77 pontos.
Ações de bancos fecharam em alta, como Santander (SANB11) que subiu 6,25%, Itaú (ITUB4) +3,61%, Banco Bradesco (BBDC3;BBDC4) +3,46% e +3,99%, respectivamente, e Banco do Brasil (BBAS3) +2,58%.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) registraram alta de 3,32% e 3,26%, respectivamente.
Carrefour Brasil (CRFB3) avançou 3,41%, após a superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendar ao tribunal do órgão a aprovação da aquisição do Grupo BIG Brasil.
Vale (VALE3) teve ganhos de 0,23%, enquanto CSN (CSNA3) caiu -2,04%, Gerdau (GGBR4) -1,48% e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) -0,52% e Usiminas (USIM5) -0,49%.
Suzano (SUZB3) teve queda de 2,59%, liderando as baixas do Ibovespa. Já Qualicorp (QUAL3) foi a maior alta, avançando 7,52%.
Confira os destaques desta terça-feira:
Carrefour Brasil (CRFB3)
O Carrefour Brasil comunicou, nesta terça-feira, que a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou, ontem, a aprovação da aquisição do Grupo BIG pela companhia com remédios.
Os remédios, negociados entre o órgão e a companhia, preveem o desinvestimento de algumas lojas, “mas em patamar inferior àquele divulgado na declaração de complexidade emitida pela Superintendência-Geral em novembro do ano passado”.
A transação será agora analisada pelo Tribunal do Cade, que tem até junho de 2022 para decidir, de forma definitiva, sobre as recomendações.
O Carrefour Brasil anunciou a aquisição do Grupo BIG em março passado, por cerca de R$ 7,5 bilhões de reais (US$ 1,36 bilhão).
Usiminas (USIM5)
A Usiminas (USIM5) vem sendo esquecida pelo mercado, na opinião de analistas do BTG Pactual. Eles divulgaram relatório com recomendação de compra para as ações e preço-alvo em R$ 25.
“Em nossa experiência no setor, a Usiminas é negligenciada há anos por boa parte da comunidade de investidores da região. Indiscutivelmente, isso é uma função dos antigos conflitos de acionistas (Ternium x Nippon), história de beta mais alto e o fato de que os fundos long only normalmente alocam uma pequena fração de seu capital no setor”, disseram, em relatório.
Para eles, a tese de investimento tem mostrado crescente melhora e as ações estão sendo negociadas nos menores múltiplos da última década: 2x EBITDA estimado para o final deste ano.
Além disso, a Usiminas opera com um balanço patrimonial de primeira classe – o acúmulo líquido de caixa poderia atingir R$ 2,5 bilhões estimados até o final de 2022, diz o relatório.
Embraer (EMBR3)
A Embraer informou que a Avian Inventory Management, LLC, juntamente com a sócia York Aerospace Solutions III (YAS), assinou um acordo com a empresa para os direitos exclusivos de aquisição, promoção e distribuição de peças sobressalentes de aviões comerciais e executivos da companhia.
“Com este acordo de longo prazo com a Avian, conseguiremos aumentar o nosso alcance e acessibilidade em termos de distribuição de peças, ao mesmo tempo que nos permite aumentar desempenho e eficiência, com foco nas necessidades do cliente”, destaca em nota Johann Bordais, presidente e CEO da Embraer Serviços e Suporte.
A fabricante brasileira informa que o centro de distribuição da Avian disponibilizará produtos a todos os operadores de aeronaves e centros de manutenção e reparo ao redor do mundo, oferecendo um ponto central de atendimento.
“Estabelecido desde o início especificamente para atender a estratégia de longo prazo de reposição de peças da Embraer, a Avian concentrará o inventário global de partes sobressalentes em uma nova base em Orlando, na Flórida. As operações e as vendas devem iniciar no primeiro trimestre de 2022”, afirma a fabricante.
Enauta (ENAT3)
A brasileira Enauta reduziu as estimativas de investimentos para o sistema definitivo de produção do campo de Atlanta, na Bacia de Santos, enquanto caminha para decidir ainda neste trimestre se terá novos sócios no ativo, afirmou à Reuters o presidente da petroleira, Décio Oddone.
Após uma revisão do conceito do projeto, a partir de aprendizados na área, a empresa calcula agora investimentos de 500 milhões a 600 milhões de dólares, ante 800 milhões a 1 bilhão de dólares no projeto original, considerando a necessidade de menos poços, dentre outras questões.
A estimativa final de aportes dependerá da conclusão da contratação de equipamentos e fornecedores para o projeto, explicou o executivo.
Principal ativo de produção de petróleo da Enauta, Atlanta opera atualmente no sistema de produção antecipada, e produziu em dezembro cerca de 13 mil barris de petróleo por dia (bpd). O ativo tem três poços e um quarto é planejado para o fim deste ano.
Com Reuters e Estadão Conteúdo