O Banco Central publicou nesta terça-feira (11), uma carta aberta ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), visando explicar o motivo do descumprimento da meta de inflação em 2021, quando o IPCA ficou em 10,06%, superando em muito o objetivo (3,75%) e o teto do intervalo de tolerância (5,25%).
De acordo com a carta, a alta se deve a 3 principais fatores: Em primeiro lugar, forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local, em especial os preços de commodities; em segundo lugar seria a bandeira de energia elétrica de escassez hídrica; e por último, mas não menos importante, o desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos, e gargalos nas cadeias produtivas globais.
“As pressões sobre os preços de commodities e nas cadeias produtivas globais refletem as mudanças no padrão de consumo causadas pela pandemia, com parcela proporcionalmente maior da demanda direcionada para bens e impulsionada por políticas expansionistas. Esses desenvolvimentos, que ocorreram em nível global, geraram excesso de demanda em relação à oferta de curto prazo de diversos bens, causando um desequilíbrio que, em diversos países e setores, foi exacerbado por falta de mão-de-obra, problemas logísticos e gargalos de produção. De fato, a aceleração significativa da inflação em 2021 para níveis superiores às metas foi um fenômeno global, atingindo a maioria dos países avançados e emergentes”, afirma a carta.
Para conferir o documento na íntegra, basta acessar ao site do Banco Central.
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