Depois de cair por três pregões seguidos, pela primeira vez em 2022, o Ibovespa fechou em leve alta. O que levou o principal índice da bolsa brasileira de volta aos ganhos foi a onda de correção do mercado, depois do choque de realidade provocado pela Ata do Fed, divulgado na última quarta-feira (5). Portanto, nesta quinta-feira (6), os investidores buscaram por papéis mais defensivos, como bancos e produtoras de commodities, cuja receita está atrelada ao dólar.
Além disso, a agenda econômica de hoje foi movimentada no Brasil, com dados do IGP-DI e produção industrial, assim como nos Estados Unidos, com dados de seguro-desemprego e a balança comercial.
Nos Estados Unidos, os índices fecharam em queda, com as ações do setor bancário e de energia liderando os ganhos, enquanto empresas de crescimento, mais sensíveis às taxas de juros, sofreram com a pressão, após divulgação de avaliações mais duras contra a inflação vindas do Fed.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de +0,55%, cotado a 101.561,05 pontos.
O dólar comercial fechou em queda de -0,57%, cotado a R$ 5,6802
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta. O S&P 500 fechou em queda de -0,10% (4.696,05), o Nasdaq registrou desvalorização de -0,13% (15.080,86), enquanto o Dow Jones encerrou o dia em queda de -0,47% (36.236,54).
Confira os destaques desta quinta-feira:
Primeira alta de juros nos EUA pode ser em março, diz Bullard, do Fed
O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode aumentar as taxas de juros já em março e agora está em “boa posição” para tomar medidas ainda mais agressivas contra a inflação, conforme necessário, após uma redefinição da política monetária no mês passado, disse o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, nesta quinta-feira.
O banco central dos EUA concordou no mês passado em encerrar suas compras de ativos em março e preparou o terreno para o início dos aumentos de juros, algo que todos os formuladores de política monetária, até mesmo os mais tolerantes com a inflação, agora consideram apropriado em 2022.
O Fed “está em boa posição para tomar medidas adicionais conforme necessário para controlar a inflação, incluindo permitir o encolhimento passivo do balanço, elevar a taxa básica e ajustar o momento e o ritmo dos aumentos subsequentes dos juros”, disse Bullard em comentários preparados para a CFA Society de St. Louis.
Preços mundiais dos alimentos têm máxima de 10 anos em 2021
Os preços mundiais dos alimentos saltaram 28% em 2021 para seu nível mais alto em uma década, e as esperanças de um retorno a condições de mercado mais estáveis neste ano são mínimas, disse a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira.
O índice de preços dos alimentos da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, teve média de 125,7 pontos em 2021, a maior desde 2011 (131,9).
O índice mensal diminuiu ligeiramente em dezembro, mas subiu nos últimos quatro meses consecutivos, refletindo quedas em colheita e a forte demanda no ano passado.
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