As principais empresas aéreas brasileiras (Gol, Latam e Azul) tiveram prejuízo líquido de R$ 5,7 bilhões no terceiro trimestre de 2021, com margem líquida de -78,4%, mostra dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Segundo o relatório, essas empresas ainda são afetadas pelos impactos da pandemia de Covid-19 no período, com a manutenção reduzida da oferta de voos, com uma receita ainda diminuída e despesas financeiras maiores do que as observadas no período anterior à pandemia.
“Apesar da oferta dessas empresas ter sido 132% maior em relação ao mesmo período de 2020, ainda foi 19,8% menor do que em 2019, quando não havia cenário de crise na aviação mundial”, diz o estudo.
De acordo com o levantamento, durante esse período houve aumento nos indicadores relacionados aos custos mais significativos da indústria: o preço do combustível, que aumentou 56,6% na média trimestral, e a taxa de câmbio, que foi 2,8% maior do que no 3º trimestre de 2020.
A Anac mostra ainda que as receitas de serviços aéreos aumentaram 179,7% em comparação ao terceiro trimestre de 2020. Já os custos e despesas operacionais cresceram 60,6%.
Em relação à receita de passagens, houve um aumento de 221% e representou 82,3% do total das receitas de serviços aéreos. Enquanto as receitas com Carga e Mala Postal cresceram 12% e representaram 8,1% do total.
Entre os custos e despesas, o maior custo do setor foi o de combustíveis e lubrificantes, com 25,1%, seguido pelo de seguros, arrendamentos e manutenção (16,8%) e despesas operacionais (16,8%).
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