O Ibovespa fechou em alta de 0,63%, cotado a 107.431,18 pontos. O principal índice da bolsa brasileira conseguiu fechar o dia no azul, mesmo iniciando o dia em queda. A alta se deu após resultados positivos do Federal Reserve sobre as políticas monetárias dos Estados Unidos. Além do Ibovespa, as ações varejistas também subiram, e fecharam esta quarta-feira (15), como protagonistas das maiores altas na B3.
Nos Estados Unidos as bolsas também fecharam em alta, decolando após a divulgação da decisão do Comitê em manter a taxa de juros entre zero e 0,25%. O Fed também anunciou a redução do ritmo mensal de suas compras de ativos líquidos em US $ 20 bilhões para títulos do Tesouro e US $ 10 bilhões para títulos lastreados em hipotecas de agências.
“Começando em janeiro, o Comitê aumentará suas posses de títulos do Tesouro em pelo menos US $ 40 bilhões por mês e de títulos garantidos por hipotecas de agências em pelo menos US $ 20 bilhões por mês”, informou o Fed comunicado.
Entre as ações com as maiores altas, estão: Minerva (BEEF3: +10,94% – R$ 9,82); Magazine Luiza (MGLU3: +7,84% – R$ 6,19); Americanas (AMER3: +7,80% – R$ 28,75)
Entre as ações com as maiores quedas, estão: EcoRodovias (ECOR3: -2,47% – R$ 7,90); Iguatemi ( IGTI11 : – 2,32 % – R$ 192,90 ); e Dexco(DXCO3: -1,78% – R$ 16,39).
Confira os destaques desta quarta-feira:
Petrobras (PETR4)
A Petrobras informou nesta quarta-feira (15) que a venda de ativos neste ano resultou na entrada no caixa da companhia de aproximadamente US$ 4,8 bilhões até 7 de dezembro. Segundo a estatal, o montante de investimentos nos primeiros nove meses do ano, US$ 6,1 bi, já supera o total desinvestido.
“Os resultados alcançados em 2021 foram muito importantes e mostram que seguimos perseguindo uma gestão ativa de portfólio que permita que a companhia foque seus investimentos nos negócios em que tem maior expertise e possa obter o melhor retorno”, ressalta em nota a gerente executiva de Gestão de Portfólio da Petrobras, Ana Paula Lopes do Vale Saraiva.
A empresa ressalta que estes os recursos obtidos com os ativos vendidos são essenciais para que a empresa consiga investir em ativos que proporcionam maior retorno. O resultado do ano é fruto da assinatura de venda de 17 de ativos e da conclusão de 14 processos de desinvestimento ao longo deste ano, detalha a petroleira.
Localiza (RENT3)
O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, por maioria de votos, a fusão da maior empresa de locação e gestão de frota de veículos do país, Localiza, com a segunda maior do setor, Unidas, mediante acordo que prevê venda “significativa” de ativos, incluindo a marca Unidas.
O caso foi decidido pelo presidente do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo, que acompanhou voto da relatora Lenisa Prado, que considerou que os remédios propostos para se tentar evitar prejuízo à concorrência são suficientes. “A operação pós-acordo e sem remédios eleva a participação (da Localiza) para 50% e com os remédios para abaixo de 50%”, disse Macedo na decisão. A operação enfrentava oposição de rivais incluindo Ouro Verde e Movida.
Por sua vez, a conselheira Paula Farani considerou que a operação anunciada no ano passado, em que a Localiza fez oferta de compra da Unidas por cerca de 12 bilhões de reais, é uma “fusão em direção ao monopólio”. O voto dela foi acompanhado pelo conselheiro Sérgio Ravagnani, que considerou que os desinvestimentos propostos, não informados durante a sessão, “são insuficientes” para mitigar os riscos à competição.
Eletrobras (ELET6)
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu acatar o pedido de vistas do ministro Vital do Rêgo sobre o processo de privatização da Eletrobras, ao mesmo tempo em que os integrantes do colegiado tentam não atrasar o cronograma da desestatização, previsto para maio de 2022.
Apesar do pedido de vistas, que potencialmente poderia atrasar o processo, o TCU determinou a inclusão, no acórdão, de uma autorização para que o governo possa prosseguir com as próximas etapas da desestatização da estatal. A sugestão de incluir essa permissão veio do ministro Benjamin Zymler, que expressou preocupação com um potencial atraso.
Não ficou claro imediatamente qual é o efeito prático dessa decisão da corte, uma vez que, como alguns ministros apontaram, as próximas etapas do processo de privatização dependem do valor de outorga, que está sendo apreciado pelo TCU. A realização de uma reunião extraordinária na próxima quarta-feira para discutir o processo ainda depende da redação final do acórdão do TCU, segundo informou a assessoria de imprensa do tribunal.
Fleury (FLRY3)
O Fleury (FLRY3) anunciou nesta quarta-feira (15) o pagamento de R$ 30 milhões em juros sobre o capital próprio. De acordo com comunicado aos acionistas, o valor por ação será de R$ 0,09479301498, a serem pagos no dia 30 de dezembro de 2021.
Sendo assim, terão direito ao JCP os acionistas com ações da companhia até o dia 20 de dezembro. A partir do dia 21 de dezembro, os papéis do Fleury serão negociados como “ex-juros sobre capital próprio”.
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