O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu elevar a Selic em 1,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano, na reunião encerrada nesta quarta-feira (8). Com o aumento, o rendimento da poupança também muda e passa a ser de 0,5% ao mês, mais a TR (Taxa Referencial) – equivalente a 6,17% ao ano mais a TR..
Isso porque o retorno da caderneta é condicionado à taxa básica de juros: sempre que a Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic. Quando a taxa de juros estiver acima de 8,5% ao ano, o retorno da caderneta passa a ser de 0,5% ao mês, mais a TR.
Selic | Rendimento da poupança |
Igual ou menor que 8,5% ao ano | 70% da Selic |
Maior do que 8,5% ao ano | 0,5% ao mês, mais a TR |
4 anos depois
A última vez que a poupança rendeu 0,5% ao mês mais a TR foi em setembro de 2017, quando a Selic estava em 9,25% ao ano. Naquele mês, o Copom decidiu reduzir a taxa em 1 ponto percentual, mudando o retorno da caderneta para 70% da taxa básica de juros.
Desde então, a Selic se manteve abaixo dos 8,5% a.a, chegando a sua mínima histórica de 2% ao ano no final de 2020.
No entanto, o descontrole inflacionário fez o Banco Central iniciar o ciclo de aperto monetário em março deste ano. De lá para cá, já foram 7 elevações consecutivas da taxa básica de juros, que subiu 7,25 pontos percentuais no período para os atuais 9,25% ao ano.
Opções melhores
Apesar de ainda ser o investimento mais popular do país, a poupança tem um retorno pior do que outras aplicações com risco semelhante.
Mesmo com a isenção de Imposto de Renda, vale mais a pena investir em um título do Tesouro Selic do que na poupança, já que este papel oferece uma remuneração muito próxima da taxa básica de juros.
Fundos DI com taxa de administração baixa e CDBs (Certificados de Depósito Bancário) com liquidez diária e que pagam mais de 100% do CDI também são mais indicados por especialistas.