O BTG Pactual divulgou um relatório com recomendação de compra das ações da Ânima Educação (ANIM3). Com perspectivas otimistas para o futuro da empresa, a instituição financeira prevê um preço-alvo de R$ 15 para os papéis, o que indica uma valorização de 75,2% em relação ao fechamento da última terça-feira (30).
A avaliação do BTG veio após a empresa divulgar um fato relevante para informar que assinou um acordo de venda parcial da Inspirali, uma divisão de negócios de medicina da Ânima, por R$ 1 bilhão. A injeção de capital será feita pela DNA Capital, uma gestora de investimentos voltada para o setor de saúde.
Segundo a instituição financeira, o valuation do negócio confirma a tese de que as ações da empresa de educação estão subvalorizadas. A negociação foi feita com base em um atrativo de R$ 2,2 milhões por vaga. O número está abaixo do múltiplo da Afya, que é a maior empresa listada no setor de educação e medicina.
“O valuation do negócio confirma a nossa tese de que a Ânima está subvalorizada. O EV (valor da firma) foi definido em R$ 5 bilhões (110% do valor de mercado da Anima)”, explica a instituição financeira.
Bons números
Outro ponto positivo destacado pelo BTG no relatório é o número de estudantes de medicina da Inspirali. A empresa da Ânima Educação encerrou o terceiro trimestre com 9,8 mil alunos e, segundo o banco, tem potencial para atingir até 15 mil universitários.
A instituição financeira ressaltou também o ticket médio da Inspirali, que gira em torno de R$ 8,9 mil por mês. O valor está 8% acima dos pares listados na bolsa brasileira.
Endividamento
Com o contrato fechado com a DNA, o banco acredita que a Ânima deve facilmente conseguir pagar suas garantias de empréstimos para 2022. Atualmente, a companhia possui um covenant (compromissos de contratos de financiamento ou empréstimos) de 4x a Dívida Líquida/EBITDA ajustado, representando uma leve melhora em comparação aos 4,1x registrados no final do terceiro trimestre.
“Estimamos que a alavancagem da Anima deve ser 2,8x EBITDA ajustado após a transação (sem IFRS16)”, destacou o BTG.