A Vale (VALE3) realizou um evento com investidores em Nova York na segunda-feira (29) e apresentou estimativas, como a previsão de produção entre 320 milhões e 335 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022. Com isso, o Banco Safra fez uma análise da empresa e inseriu recomendação de compra.
O preço-alvo delimitado pelo banco ficou em R$ 98, uma valorização potencial 41% considerando a cotação do último pregão (29). “A administração da Vale pretende destacar a operação de metais básicos para um potencial reconhecimento de seu valor, embora uma cisão não pareça ser um objetivo no momento”, destacou o Safra, que também enfatizou a estratégia de retorno ao acionista como parte fundamental.
Apesar da produção em menor volume do minério de ferro a curto prazo, o banco mantém a visão positiva sobre a Vale. “Acreditamos que sua estratégia pode render frutos e continuar proporcionando retornos atrativos para os acionistas”, afirmou.
Um ponto importante destacado pelo Safra foi a preparação da mineradora a uma produção mais verde, com menos emissões na siderurgia.
Entre as medidas ESG anunciadas pela companhia, estão a segurança de barragens, reduzindo gradualmente as estruturas em risco. “A dependência de barragens de rejeitos deve diminuir à medida que o processamento a seco e a filtragem de rejeitos ganham importância”. Outra meta ambiciosa divulgada pela Vale é de tirar 500 mil pessoas da extrema pobreza.
Os pontos positivos que o Safra finaliza a análise é a alta qualidade do minério de ferro, que não necessita de um processo de purificação, e o mix de estoques offshore como importante estratégia, principalmente para clientes distantes, como a China.
O banco colocou como riscos a desaceleração do mercado chinês, o aumento da volatilidade dos preço das commodities e as flutuações cambiais.
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