O Ibovespa opera em rota de recuperação nesta segunda-feira (29), após as fortes perdas da última sexta-feira devido às preocupações com a nova variante da Covid-19. Até o momento, a ômicron apresentou apenas casos leves, e vacinas já estão se atualizando para conseguir contê-la.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou pela manhã que a ômicron representa “um risco muito elevado para o planeta”, mas também ressaltou que há dúvidas sobre o perigo real, deixando claro que ainda não foi registrada nenhuma morte em decorrência desta cepa.
Além disso, diversos indicadores econômicos movimentam o mercado doméstico, como o Boletim Focus e o IGP-M.
O levantamento Focus do Banco Central desta segunda mostra que a projeção para a alta do IPCA aumentou pela 34ª semana seguida e foi a 10,15%, ante 10,12% da semana anterior, bem acima do objetivo de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2022, a conta aumentou em 0,04 ponto e chegou a 5,0%, exatamente o teto da meta, já que esta será no ano que vem de 3,5%.
Outro indicador importante de hoje foi o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que registrou inflação de 0,02% em novembro, depois de uma alta de 0,64% no mês anterior, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula alta de 16,77% no ano e de 17,89% em 12 meses. Os maiores aumentos registrados foram nos combustíveis.
Nos Estados Unidos, as bolsas registram alta nesta segunda, conforme investidores corriam para tirar proveito das fortes perdas causadas pelo noticiário sobre ressurgimento de variantes do coronavírus, enquanto as ações do Twitter subiam com a informação de que seu presidente executivo Jack Dorsey deve renunciar.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em alta de 0,61%, cotado a 102.846,15 pontos às 13h30.
O dólar comercial registra alta de 0,49%, cotado a R$ 5,623.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão subindo. O S&P 500 está operando em +1,08% (4.644,72), o Nasdaq registra +1,53% (15.728,90), enquanto o Dow Jones está em +0,35% (35.023,20).
Confira destaques desta segunda:
Economia monitora nova cepa, mas programas de auxílio dependem da PEC dos Precatórios
O Ministério da Economia acompanha a evolução da nova variante da covid-19, batizada de Ômicron e identificada pela primeira vez no continente africano.
A percepção na pasta é de que o governo já tem experiência na detecção da crise sanitária e de sua potencial intensidade, mas a forma como a equipe econômica colocará em prática qualquer ajuda extra necessária pode variar a depender do montante exigido e, sobretudo, do andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
“Estamos monitorando”, informou uma fonte da equipe econômica neste domingo, completando: “A região Norte, nas situações anteriores, foi um bom indicador antecedente da possível intensidade da crise sanitária para o restante do País. Se houver agravamento vamos adotar as medidas necessárias.”
Confiança de serviços no Brasil vai em novembro ao menor nível em 5 meses, mostra FGV
O setor de serviços brasileiro mostrou menos otimismo tanto sobre a situação atual quanto futura em novembro, e a confiança caiu ao menor nível em cinco meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) em dados divulgados nesta segunda-feira.
Em novembro, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve perda de 2,3 pontos e foi a 96,8 pontos, menor nível desde junho deste ano (93,8 pontos)
“A disseminação da queda sugere que o ritmo de recuperação perde um pouco de força no final do ano. Apesar do avanço do programa de vacinação, o ambiente macroeconômico frágil é que pode adicionar mais incerteza na continuidade da recuperação na virada para 2022”, explicou o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota.
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