Investir vai além do senso comum. Conhecido como “investimentos alternativos”, essa classe de ativos também traz a possibilidade de lucrar com músicas, onde os interessados passam a ganhar royalties ligados aos direitos autorais de artistas sobre uma canção que toca nas grandes plataformas digitais, como Spotify e YouTube, e também em shows.
E aí que entra os clássicos do sertanejo como “Ciumeira”, “Homem de família”, “Sorte que cê beija bem”, entre outros, gravados por cantores de renome como a saudosa Marília Mendonça, Gusttavo Lima e Maiara & Maraísa, que podem fazer parte do portfólio de investidores.
Inclusive, este é atualmente o maior gênero musical do país, que representa mais de 30% do mercado nacional de música desde 2017, segundo o Spotify Charts.
A projeção do cenário base é de uma rentabilidade de 19,14% ao ano, ou 246,97% do CDI, com prazo de 48 meses, segundo os dados disponibilizados pela empresa. Os recebíveis são oriundos dos pagamentos de royalties sobre os direitos de autor que recaem sobre as obras (composição).
Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, que possui um ecossistema de investimentos em ativos alternativos, explica que um dos grandes atrativos da operação é a descorrelação com investimentos com a B3 e a pouca influência do cenário macroeconômico, o que tem atraído os brasileiros a diversificarem suas carteiras.
Segundo o banco Goldman Sachs, o mercado de streaming musical mundial deve atingir a faixa de quase US$ 40 bilhões até 2030 e as gerações millenials e Z estão gastando mais da sua renda anual em música do que as gerações anteriores, uma média de US$ 163 ano versus uma média globalizada de US$ 152.
Além disso, o Brasil tem uma margem grande de crescimento nas plataformas de streaming musicais, com aproximadamente 210 milhões de brasileiros. Dados do Spotify demonstram que o mercado nacional terminou 2019 com 11,8 milhões de assinantes de serviços licenciados de streaming de música.
ARTISTAS DE OLHO
O movimento vem crescendo e os artistas estão atentos. Um exemplo é a dupla sertaneja Diego Ferrari e Guilherme Ferraz, que vendeu parte dos royalties musicais para a empresa, que está disponibilizando para qualquer investidor que queira receber pagamentos mensais a cada reprodução.
Além disso, será possível abranger também as composições dos próximos anos dos artistas. Ou seja, será possível que o investidor busque rentabilidade não só em composições já consagradas, mas também no mercado futuro de royalties musicais.
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