O Banco Safra gostou dos resultados trimestrais que a Eletrobras (ELET6) trouxe e colocou recomendação de compra na empresa, em relatório enviado na quarta-feira (18). O preço-alvo inserido pelo banco foi de R$ 55,30, uma valorização potencial da empresa de 73,8%.
Segundo o Safra, o O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) não ficou apenas acima da expectiativa do mercado (61% acima das estimativas), mas principalmente a frente do esperado pelo banco (desempenho 24% melhor). O maior problema, e que levou a Eletrobras a registrar baixa de 6,63% no pregão da última quarta, ficou no resultado final e nos proventos.
“Embora efeitos não recorrentes se compensem, destacamos o efeito negativo do reconhecimento de provisões adicionais, que também podem reduzir o valor da Eletrobras após sua privatização”, destacou o Safra, que também colocou a recomendação de compra após a aprovação de privatização da companhia.
“Temos uma classificação de compra para a Eletrobras (ELET6), elevada após a aprovação da privatização da empresa. A linha do tempo do projeto continua sendo o principal ponto a seguir”, afirmou. “Acreditamos que a privatização trará vários benefícios para a empresa, como plano de desinvestimento, programas de redução de custos, melhor alocação de capital, e melhor gestão de passivos.”
De acordo com o presidente da estatal, Rodrigo Limp, a previsão de sua capitalização ocorra até maio de 2022. Antes, a empresa previa para o primeiro trimestre de 2022 a oferta de ações que deverá diluir a participação da União na companhia.
Resultado trimestral
A Eletrobras obteve lucro líquido de R$ 964,561 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 65,72% na comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido recorrente foi de R$ 3,7 bilhões, alta de 3.754%.
Segundo a empresa, o resultado deveu-se principalmente à contabilização dos contratos renovados pela Lei 12.783/2021, como resultado do reperfilamento do componente financeiro de R$ 4,8 bilhões da Rede Básica Sistema Existente (RBSE), e da contabilização de R$ 4,2 bilhões relativos à repactuação do risco hidrológico (GSF, da sigla em inglês), além da reversão de impairments de R$ 454 milhões.
Por outro lado, esses efeitos positivos foram impactados por R$ 9,4 bilhões em provisões para contingências, sendo R$ 9 bilhões referentes a incremento de empréstimo compulsório.
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