As expectativas para os Estados Unidos é que ainda esse ano o país tenha um crescimento de 5% na atividade econômica. Entretanto, os fundamentos de macroeconomia para o Federal Reserve (Fed) elevar os juros e conter a inflação do país norte-americano podem se deparar com certos empecilhos.
Isso porque, em um evento do Bradesco BBI, Alan Blinder, ex-vice-presidente do conselho do Fed, afirmou que o risco de que a onda da covid-19 que aflige a Europa hoje, pode se deslocar para os EUA e limitar a atuação da autoridade monetária.
“A Alemanha está mais vacinada do que os EUA e está em seu pior período da pandemia. Se o Fed subir juros quando as pessoas pararem de ir às compras isso gerará críticas gigantescas”, diz Blinder.
Ainda de acordo com Blinder, o mundo enfrenta hoje o dilema da estagflação, porque não há nada que possa ser feito por parte dos bancos centrais para evitar o choque na oferta provocado pela pandemia.
“Com um choque de demanda, os bancos centrais sabem que devem cortar taxas de juros para estimular o consumo. Não há nada para reverter ou acabar com o choque de oferta, e esse parece ser o fator dominante para a inflação atual”, finaliza Blinder.
Para o ex-vice-presidente do Conselho do Fed, a instituição aprendeu com os próprios erros e fez bem ao deixar claro, de forma antecipada, o momento que começaria a diminuir as compras mensais de ativos realizadas com o propósito de estimular a economia.
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