Nesta quarta-feira (17) , em evento do Bradesco BBI, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a reafirmar que a PEC dos Precatórios não é calote. De acordo com ele, o governo permanece tentando respeitar o teto de gastos.
Além disso, o ministro também afirmou que mexer no teto foi uma atitude oportunista do ponto político. “Era politicamente interessante para o governo aumentar o auxílio para R$ 400 porque é transitório“, diz.
O ministro defendeu que a PEC representa uma solução encontrada pelo governo para tentar disciplinar uma fonte de gastos que se tornou “incontrolável“, referindo-se aos pagamentos de sentenças judiciais. O ministro se refere ao salto da dívida dos precatórios que saiu de R$ 8 bilhões para R$ 90 bilhões em dez anos.
Atualizações
Depois de aprovada na Câmara dos deputados em duas votações, a PEC seguiu a caminho do Senado Federal e é lá que ela se encontra. De acordo com relatos dos senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e José Aníbal (PSDB-SP), há grandes chances da proposta voltar à Câmara, uma vez que os senadores atualmente elaboram diversas alterações no texto que foi aprovado.
Vale lembrar que um texto alternativo à PEC já foi apresentado no senado por três senadores. Esse, por sua vez, prevê o pagamento das dívidas da União reconhecidas judicialmente fora do teto dos gastos públicos, o que, na prática, abre espaço para o pagamento do Auxílio Brasil dentro do Orçamento.
Sobre isso Guedes comentou: “Há senadores falando em tirar precatório do teto; é um erro grave. Se PEC dos precatórios não for aprovada, aí ficarei preocupado com crescimento.”
Reformas Tributárias
Guedes também comentou suas reformas tributárias. De acordo com ele, ainda dá tempo de aprovar as mesmas. “Espero que consigamos aprovar reformas tributárias e administrativas neste ano”, afirma.
Entretanto, o ministro relata que a votação no Senado pode ser difícil. “Infelizmente a reforma tributária não está andando no Senado, por lobby”, comentou.
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