A incorporadora chinesa Fantasia Holdings afirmou que alguns bancos têm pedido que ela pague empréstimos de maneira antecipada. No mês passado, um surpreendente default do grupo reforçou temores no mercado sobre o setor no país.
A ação da empresa voltou a ser negociada após ter sido paralisada desde o fim de setembro. Nesta quarta-feira ela recuou 37% em Hong Kong, para o equivalente a US$ 0,05. Segundo o FactSet, isso representava o nível mais baixo para o papel em seus 12 anos de negociação.
“A companhia tem recebido notificações de certos bancos requerendo o pagamento de empréstimos que não são devidos neste momento”, afirmou a Fantasia no fim da terça-feira, acrescentando que dialoga com esses bancos para fechar acordos.
A empresa acrescentou que trabalha com assessores da Houlihan Lokey e da Sidley Austin sobre seus problemas de liquidez e que continuará a adotar medidas para resolvê-los. A Fantasia enfrenta ainda uma forte queda em suas vendas.
Após preocupações com falência da Evergrande, incorporadora Fantasia não cumpre pagamento de dívida
O grupo imobiliário Fantasia, da China, afirmou nesta terça-feira (5) que não conseguiu cumprir o pagamento de uma dívida de US$ 205,7 milhões previstos para segunda-feira. A informação foi confirmada pela empresa, que tem sede em Shenzhen, em comunicado. Além disso, uma subsidiária da empresa Fantasia não pagou um crédito de 700 milhões de yuans, equivalente a US$ 108 milhões.
O possível calote acontece ao mesmo tempo em que o mercado fica apreensivo com a falência da gigante Evergrande, que na segunda-feira suspendeu a cotação na Bolsa de Hong Kong e prometeu o anúncio de uma “grande transação”. Com mais de US$ 300 bilhões de dívida, a Evergrande está há várias semanas à beira do colapso, o que poderia ter consequências para o conjunto da segunda maior economia mundial.
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