
Bolsonaro concedeu uma entrevista à imprensa nesta segunda-feira (1º) na Itália, onde falou sobre os desdobramentos da Petrobras (PETR3; PETR4) em relação aos preços dos combustíveis. Segundo o Chefe de Estado, a estatal anuncia, extraoficialmente, um reajuste daqui 20 dias.
“Eu tenho pressa. Isso [aumento] não pode acontecer. A gente não aguenta porque o preço está atrelado à inflação, e perde o poder aquisitivo. A população não está com o salário preservado nos últimos anos. A população mais pobre sofre”, informou o presidente da República em entrevista veiculada pela CNN Brasil.
Bolsonaro disse querer que os rendimentos que a Petrobras dá ao governo federal seja revertido diretamente em diminuição no preço do diesel.
PRIVATIZAÇÃO NO RADAR
Em outro momento, Bolsonaro enfatizou que o ideal é que seja feita privatização da Petrobras. “Falei com Paulo Guedes [ministro da Economia] e o ideal é que a Petrobras seja privatizada. Mas isso aí [sic] não é só colocar na prateleira hoje e vender amanhã, esse processo vai durar mais de anos”, disse.
Ao ser questionado se há um estudo para que a privatização seja feita, o presidente voltou a dizer que ela não é “coisa rápida”, mas já pediu para que o ministro da Economia tome as medidas “por partes”, para a tirar “das garras do Estado”.
Ao comentar a greve dos caminhoneiros que, até o momento, possui baixa adesão, o chefe de Estado disse que está acompanhando o movimento nesta segunda-feira (1º).
PETROBRAS RESPONDE
Após a fala de Bolsonaro, a Petrobras disse, em comunicado divulgado ao mercado nesta segunda-feira (1º), que não antecipa decisões de reajustes de preços de combustíveis.
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, disse.