A rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto registra alta nesta quinta-feira (28) em relação ao fechamento da última quarta. O mercado repercute a decisão do Copom, de elevar a taxa de juros brasileira (Selic) em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano.
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, estava na hora de o BC acelerar o ritmo de alta da Selic ou de ampliar o período de altas porque ele estava atrás da curva da inflação. “O juro real negativo mostra isso”, disse o economista ao Broadcast.
Entre os títulos prefixados, o Tesouro Prefixado 2024 paga 12,05% ao ano, 0,23 ponto percentual (p.p) acima dos 11,82% negociados na véspera. O Tesouro Prefixado 2026 tem retorno de 12,02%, ante 11,80% da última quarta-feira.
O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2031 também é oferecido com prêmio de 12,02% ao ano, acima dos 11,84% do último fechamento.
Títulos atrelados à inflação
Entre os títulos com rentabilidade atrelada à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 paga o IPCA + 5,49% a.a, (alta de 0,12 p.p).
Já nos papéis longos, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 é negociado com prêmio de 5,55% acima da inflação, o que significa uma alta de 0,07 p.p em relação ao dia anterior.
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Entre os principais indicadores do dia, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,64% em outubro, após cair 0,64% em setembro, informou nesta quinta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas. O resultado ficou acima do teto das estimativas do mercado coletadas pelo Projeções Broadcast, de 0,61%. A mediana da pesquisa indicava alta de 0,30%.
Com o resultado, o IGP-M acumulado em 12 meses desacelerou de 24,86% em setembro para 21,73% em outubro, acima da mediana da pesquisa, de 21,36%. Em 2021, o índice acumula inflação de 16,74%.
Com Estadão Conteúdo