
O Ibovespa teve forte volatilidade e encerrou o pregão em queda nesta quinta-feira (28), com o mercado reagindo à alta da Selic para 7,75% ao ano feita pelo Copom. Além disso, dados econômicos e o cenário político também favoreceram para a variação da bolsa.
A ala política do governo está avaliando estender o auxílio emergencial, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios não seja aprovada pela Câmara dos Deputados. O texto sofre resistência para passar no Congresso, e a votação do projeto já foi adiada algumas vezes.
Apesar disso, o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal do Ministério da Economia, David Athayde, afirmou que não há como a equipe econômica defender novo decreto de calamidade pública para custear despesas, um mecanismo usado durante a pandemia, já que o país está voltando à normalidade e mais da metade da população foi vacinada com duas doses.
Além disso, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,64% em outubro, após cair 0,64% em setembro, informou nesta quinta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas. A mediana da pesquisa indicava alta de 0,30%. Com o resultado, o IGP-M acumulado em 12 meses desacelerou de 24,86% em setembro para 21,73% em outubro, acima da mediana da pesquisa, de 21,36%. Em 2021, o índice acumula inflação de 16,74%.
Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street fecharam em alta nesta quinta, com balanços positivos de Caterpillar, Merck e Ford ajudando o mercado a deixar de lado dados que mostraram desaceleração acentuada do crescimento econômico dos Estados Unidos no terceiro trimestre.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 0,62%, cotado a 105.704,96 pontos.
O dólar fechou em alta de 1,26%, cotado a R$ 5,625.
Nos EUA, as bolsas encerraram em alta. O S&P 500 indicou +0,98% (4.596,40), o Nasdaq fechou em +1,39% (15.448,12), enquanto o Dow Jones fechou em +0,68% (35.730,48).
Confira os destaques desta quinta:
Não há previsão de mudança de estratégia na gestão da dívida, diz Tesouro
O coordenador-Geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, afirmou nesta quarta-feira que não há previsão de mudança de estratégia na gestão da dívida e indicou que a “alta considerável” ocorrida na curva de juros em outubro basicamente traduz o noticiário fiscal.
Em coletiva de imprensa, ele ressaltou que o cenário foi de bastante volatilidade no mês e que o Tesouro teve “postura mais ativa” em seu acompanhamento de mercado.
Câmara dos EUA está próxima de um acordo sobre prioridades de pacotes, diz Pelosi
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta quarta-feira que os parlamentares estão perto de um acordo sobre as prioridades dos pacotes de gastos propostos pelo presidente norte-americano, Joe Biden. Em meio a impasses entre as diferentes alas do Partido Democrata, a agenda econômica do governo está paralisada no Congresso.
Um ano antes das eleições legislativas de meio mandato, quando a legenda governista pode perder maioria no Câmara e no Senado, Biden tem pressionado pela aprovação de um pacote de investimentos em infraestrutura, com montante estimado em US$ 1 trilhão, e um plano de gastos sociais e ambientais, orçado em US$ 3,5 trilhões, mas cujo valor deve ser reduzido para agradar democratas centristas.
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