
O Ibovespa recua nesta quinta-feira (28), com o mercado reagindo à alta da Selic para 7,75% ao ano feita pelo Copom. Além disso, dados econômicos e o cenário político também favorecem para a volatilidade da bolsa.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,64% em outubro, após cair 0,64% em setembro, informou nesta quinta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas. A mediana da pesquisa indicava alta de 0,30%. Com o resultado, o IGP-M acumulado em 12 meses desacelerou de 24,86% em setembro para 21,73% em outubro, acima da mediana da pesquisa, de 21,36%. Em 2021, o índice acumula inflação de 16,74%.
Em Brasília, a votação da PEC dos precatórios foi adiada para a próxima semana, com a falta de quórum na Câmara dos Deputados e sem um acordo para aprovar o texto. O projeto, que poderá ajudar a financiar o Auxílio Brasil, deve ser votado na semana que vem.
Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street avançavam nesta quinta, com balanços positivos de Caterpillar, Merck e Ford ajudando o mercado a deixar de lado dados que mostraram desaceleração acentuada do crescimento econômico dos Estados Unidos no terceiro trimestre.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operava em queda de 0,17%, cotado a 106.184,12 pontos às 13h30.
O dólar comercial registra alta de 0,88%, cotado a R$ 5,604.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão subindo. O S&P 500 está operando em +0,73% (4.584,98), o Nasdaq registra +1,12% (15.405,60), enquanto o Dow Jones está em +0,45% (35.649,12).
Confira os destaques desta quinta:
BCE mantém política monetária e afasta perspectiva de aumento de juros
O Banco Central Europeu (BCE) deixou a política monetária inalterada nesta quinta-feira, conforme amplamente esperado, segurando as pontas antes da decisão crucial de dezembro sobre o fim do estímulo de emergência e o retorno da política monetária a um cenário mais normal.
O banco reafirmou seu plano de continuar comprando títulos para fixar os custos dos empréstimos perto de mínimas recordes e também prometeu manter as taxas de juros baixas nos próximos anos –compromisso cada vez mais contestado por investidores céticos quanto à narrativa do BCE de que a alta inflação é temporária.
Roma diz estar ‘bastante preocupado’ com atraso na votação da PEC dos precatórios
O ministro da Cidadania, João Roma, disse nesta quarta-feira, 27, estar “bastante preocupado” com a demora na votação da PEC dos precatórios. A proposta vai abrir espaço no Orçamento de 2022 para o Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família e deve pagar ao menos R$ 400 até dezembro do ano que vem.
Segundo Roma, seria “muito importante” que a PEC fosse aprovada “ainda no início de novembro” na Câmara e no Senado para viabilizar a operação do pagamento até o fim do ano, sem esbarrar na proibição de aumento de despesas sociais em ano eleitoral.
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