
O ministro da economia Paulo Guedes comentou sobre o Auxílio Brasil na tarde desta sexta-feira (22). Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro afirmou que a solução, que fura a regra do teto de gastos, para o benefício não altera fundamentos fiscais da economia.
“Fui mal interpretado, estava falando a verdade; é licença para gastar um pouco mais”, afirmou.
Confira algumas falas do ministro:
“Entendemos que teto é símbolo, mas não deixaremos passarem fome para tirar 10 em fiscal”
“Como temos que manter trajetória de consolidação fiscal, deixa gastar mais R$ 30 bi no ano que vem”
“Flamos de mais R$ 30 bi para fazer Auxílio Brasil atender 16 milhões de famílias”
“Déficit, ao invés de ser praticamente zerado no ano que vem, que seja de 1%”
“Que seja déficit de 1,5% ano que vem, não faz mal; preferimos atender mais frágeis”
“Que seja déficit de 1,5% ano que vem, não faz mal; preferimos atender mais frágeis”
“É natural que política queira furar o teto e gastar mais”
“Quero assegurar que estamos de olhos nesses limites
“Isso não é uma falta de compromisso; é coisa muito ponderada”
“Não existe antítese entre liberal e social […] Não posso ser contra protótipo de programa de renda mínima”
“Economia quer acelerar transformação econômica do Brasil”
“Agradeço publicamente ao presidente Lira, que tem avançado com reformas”
“Não é confortável flexibilizar teto, mas estamos falando de milhões de brasileiros”
“Não é licença para gastar, não vai acontecer nada disso”
“Estamos muito longe de ameaçar qualquer sustentabilidade fiscal”
“Se falarem que começou a gastança, não é esse o meu acordo com o presidente da República”
“Economia vai crescer em 2022; capitalização da Eletrobras será um sucesso”
“Política testa limites, mercado reage e todo mundo corrige um pouco”
“Realidade fiscal não tem nada a ver com narrativa que está virando agora”
“Se inflação está generalizada, todo mundo tem que olhar para o Banco Central”
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Otimismo
Já o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que o novo programa social, o Auxílio Brasil, não será feito sem planejamento. “Não faremos nenhuma aventura com o benefício”, afirmou Bolsonaro.
O chefe de executivo faz um pronunciamento nesta sexta-feira (22), ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, para interromper boatos sobre um possível pedido de demissão por parte do ministro.

Bolsonaro chegou na tarde desta sexta-feira ao Ministério da Economia para uma conversa com Guedes, em meio a boatos de que o ministro teria pedido demissão.
O presidente da República afirmou que confia em Guedes: “Nós nos entendemos muito bem, tenho confiança absoluta nele”, disse.
Encontro tenso
Após reunião tensa nesta quinta-feira (21), com a quase saída do ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro continua no governo, de acordo com o analista político Erich Decat.
O analista não acredita na saída de Guedes, já que o ministro deu declarações a favor das mudanças nas regras fiscais que vão acontecer. “As peças não se encaixam. Dentro desse contexto, acredito que Paulo Guedes continua, porque, na minha avaliação, ele assimilou toda essa mudança nas regras fiscais, inclusive, deu declarações favoráveis a isso”, disse.
Segundo Decat, ainda tem muita pressão da ala política para a saída do ministro. “Essa pressão existia porque eles viam no Guedes um cara que ia travar os gastos no ano que vem. A partir do momento que avançou a questão da PEC dos precatórios, acredito que a pressão pela saída dele diminua”, afirmou.
Na quinta-feira, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, bem como seus adjuntos, encaminharam seus pedidos de exoneração dos cargos.
A saída dos auxiliares de Guedes ocorreu após negociações do governo com o Congresso para mudanças na regra do teto de gastos para colocar de pé um novo Bolsa Família mais robusto.
Bolsonaro ainda disse que a economia do país anda na direção certa. “Entendemos que economia está ajustada. Não existe solavanco ou descompromisso”, afirmou.
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