
Os fundos imobiliários voltados para renda residencial apresentam apenas 0,4% do PL (Patrimônio líquido) total da indústria de fundos imobiliários, mas estes investimentos estão se popularizando e existem vários motivos para que eles ganhem ainda mais espaço no mercado brasileiro, segundo a Rio Bravo Investimentos.
“Os FIIs de renda residencial, apesar de recentes, têm grande potencial de crescimento. Assim como os REITs (Fundos Imobiliários norte-americanos), eles proporcionam as vantagens caraterísticas do mercado, como liquidez, possibilidade de ganho de capital na venda, gestão profissionalizada e diversificação dos ativos, facilidade na negociação de cotas e diversificação da carteira do investidor”, disse a Rio Bravo, em carta aos seus cotistas.
Além disso, esses fundos também oferecem benefícios financeiros e operacionais que investidores tradicionais (que compram diretamente os imóveis) dificilmente teriam.
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Entre eles, estão as aquisições a preços mais baratos. Afinal, com a compra no “atacado”, o gestor do fundo pode barganhar no preço final, além de economizar custos de marketing, corretagem e stand de vendas quando a compra ocorre antes do lançamento.
Outra vantagem é o fato de o fundo ter o controle do empreendimento para tomar decisões que favoreçam a operação de locação e diversificação de região de atuação e locatários, reduzindo riscos da operação.
Mudança no perfil de busca por moradias
A gestora de recursos destacou que uma das principais características que vem sendo buscadas pelas novas gerações é a flexibilidade em relação a moradias, o que favorece este tipo de fundo imobiliário.
“A liberdade em poder morar em uma casa ou apartamento onde quiser e pelo tempo que for conveniente cada vez mais se torna um ponto crucial na hora de decidir entre alugar ou comprar um imóvel. Dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) atestam que, em 2009, 20% dos imóveis na cidade de São Paulo eram alugados; em 2019, esse número salta para 26%”, afirmam os gestores.
Eles apontam ainda que a redução da taxa de fecundidade no Brasil e a elevação da média de idade para o casamento mostram que as famílias se tornam mais enxutas e, portanto, o comportamento do consumo de imóveis muda.