
A Garde Asset Management vê um cenário complicado de inflação para o Brasil este ano. Em seu relatório de gestão para outubro de 2021, a gestora define como uma “tempestade perfeita” a questão inflacionária no país.
“Bem como no resto do mundo, cenário de inflação no Brasil segue sendo impactado por diversos choques de oferta. Esse processo foi agravado pela depreciação da taxa de câmbio, e pode sofrer novas revisões para cima conforme o setor de serviços seguir sua reabertura”, destacou a Garde.
A previsão da gestora é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2021 termine em 9%, e em 4,3% no próximo ano. Além disso, a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, é que chegue a um valor final de 9,25%. De acordo com o Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (11), a projeção para o fim do ano é que chegue a 8,25% em 2021 e 8,75% para 2022.
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A Garde também enfatiza no relatório uma projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2022 de apenas 1%, abaixo do consenso do mercado. “O pano de fundo econômico mais desafiador, com inflação e taxa de juros mais altas e taxa de crescimento mais baixo, deverá ter repercussões sobre o cenário político e fiscal”, afirmou.
No cenário externo, a gestora levantou os principais pontos que vem impactando a economia global, como a crise energética em diversas partes do mundo, principalmente a Europa; o risco de calote da gigante Evergrande na China; e a postergação das discussões sobre o teto da dívida para dezembro.
Apesar das dificuldades enfrentadas, os Estados Unidos é visto de forma positiva pela Garde. “Acreditamos que a poupança acumulada durante a crise e a recuperação do mercado do trabalho devam garantir uma economia ainda acima do seu potencial pela maior parte de 2022”, destacou o relatório.
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