
Setembro foi um mês consideravelmente volátil para as ações do mundo todo, em decorrência das preocupações ligadas à gigante chinesa Evergrande, que altamente endividada, poderia aplicar um enorme calote e causar uma nova crise global. Com isso, ações de mineradoras, como a Vale, sofreram forte quedas nas ações em decorrência da queda no preço das commodities. Assim, a gestora de fundos Versa decidiu zerar a posição de compra na empresa brasileira, algo que admite ter demorado um pouco para fazer.
“O cenário nos levou a zerar a posição comprada em Vale no final de setembro (sim, um pouco tarde demais)”, destacou a gestora na carta mensal referente ao mês de setembro de 2021.
Apesar das fortes baixas, o retorno de compra dos ativos da Vale pela Versa pode voltar. “Não podemos descartar a possibilidade da normalização do balanço de oferta e demanda por minério, que ficou bastante favorável à Vale desde o rompimento da barragem de Brumadinho”, afirmou.
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Assim como os principais índices nacionais e internacionais, os fundos da gestora também sofreram perdas. O fundo Versa teve variação negativa de 11,8%, enquanto o fundo Fit caiu 5,5%. Os fundos Tracker, Charger e Genesis tiveram queda de 13,2%, 6,4% e 6,8%, respectivamente.
Além das commodities, outro ponto que pesou foi o setor de varejo. O ritmo forte de aumento na taxa básica de juros e a inflação acima das expectativas puxaram os papéis do setor para baixo, como a Versa destacou com as ações compradas da Lojas Marisa, que caíram 18,2% em setembro.
“Do lado do varejo, onde as ações hoje negociam próximo dos valores vistos no período de máxima incerteza em relação ao covid-19 no início de 2020, pesa o ambiente de baixo crescimento, aperto de crédito e inflação alta, itens que comprometem dois alicerces das vendas no varejo (crédito e renda)”, destacou a gestora.
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