
O Ibovespa encerrou o dia em alta nesta sexta-feira (8), na primeira subida consistente dos últimos cinco pregões, e finalizou a semana em estabilidade, com leve queda de 0,06%. Indicadores econômicos foram as grandes questões pela movimentação do mercado hoje.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,16% em setembro, a 0,29 ponto percentual (p.p), sobre alta de 0,87% em agosto. Essa foi a maior variação para um mês de setembro desde 1994, quando o índice foi de 1,53%. Apesar do grande percentual, o resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado, que tinha expectativa de 1,25%.
Nos EUA, as principais bolsas de valores de Wall Street fecharam em queda nesta sexta, em negociações voláteis, depois que dados mostraram que a criação de vagas no país foi bem mais fraca do que o esperado em setembro, mas não o suficiente para tirar o Federal Reserve do seu plano de reduzir as compras de ativos neste ano. O Departamento do Trabalho informou em seu relatório de empregos que foram criados 194 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, bem menos que a previsão de abertura de 500 mil vagas.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 2,03%, cotado a 112.833,20 pontos.
O dólar fechou estável, com leve queda de 0,02%, cotado a R$ 5,516.
Nos EUA, as bolsas encerraram em queda. O S&P 500 indicou -0,19% (4.391,42), o Nasdaq registrou -0,51% (14.579,54), enquanto o Dow Jones ficou em -0,02% (34.746,71).
Confira os destaques desta sexta:
Países fecham acordo em torno de imposto corporativo global
Um acordo global para assegurar que grandes companhias paguem uma taxa mínima de 15% de imposto e que torna mais difícil para elas evitar tributação foi assinado aceito por 136 países, inclusive o Brasil, nesta sexta-feira, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A entidade afirmou que o acordo permitirá aos países coletarem cerca de 150 bilhões de dólares em novas receitas por ano.
Campos Neto: Inflação pode piorar devido ao reajuste da gasolina
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (8) que a expectativa da inflação pode piorar devido ao reajuste da gasolina. “Expectativas de inflação subiram bastante para 2021, pode piorar devido ao reajuste da gasolina”, disse em evento promovido pelo Itaú.
O presidente do BC ressaltou que apesar da inflação brasileira estar muito alta, “há países próximos do Brasil”.
Campos Neto disse ainda que “vamos ver uma onda de países ajustando a taxa de juros” e que a curva de juros brasileira é afetada por expectativas de inflação e por todo ruído.
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