
A alta generalizada dos preços no Brasil continua sendo uma das maiores preocupações dos principais gestores de fundos. Em relatório de gestão enviado aos seus clientes, a ARX Investimentos destacou que a equipe enxerga um cenário desafiador para a inflação.
“Os últimos dados seguem contemplando pressões inflacionárias e disseminadas, influenciados por fatores climáticos, repasse cambial, alta no preço da energia e reabertura da economia”, afirmaram os gestores.
Com isso, eles julgam que o balanço de risco atual deixa pouca margem para erro na condução de política monetária. “Diante deste cenário, entendemos que o BC, ao sinalizar a estratégia de manutenção do ritmo da elevação da Selic, pode colocar em risco o controle das expectativas de inflação, o que demandaria um Selic terminal mais alta.” , diz o relatório.
O Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto percentual, de 5,25% para 6,25% na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), realizada no final de setembro.
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No cenário macroeconômico, a ARX enfatizou as preocupações globais que ditaram o ritmo dos mercados internacionais em setembro, em especial o risco de calote da gigante chinesa Evergrande, que derrubou o preço de importantes commodities, como o minério de ferro. Além disso, a crise energética na Europa e os problemas políticos nos Estados Unidos com o teto da dívida também influenciaram.
O mercado de juros foi estratégico para a gestora, que aproveitou diferentes áreas para ter resultados positivos por meio de uma concentração maior no book de renda fixa.
“No mercado de juros local, a principal contribuição veio da estratégia tomada em juros nominais curtos e aplicada em juros reais no meio da curva”, afirmou. Outros pontos foram em moedas, da posição comprar no dólar contra o real, e da parte internacional, com a posição comprada em juros nos EUA e na volatilidade da bolsa do país.
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