
O Ibovespa começou o mês de outubro no positivo, fechando em alta acima de 1% nesta sexta-feira (1). Os principais índices dos Estados Unidos impulsionaram a bolsa brasileira, que ampliou os ganhos, apesar de indicadores econômicos não terem ficado dentro do esperado.
A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 4,3 bilhões em setembro, divulgou o Ministério da Economia nesta sexta-feira. O resultado veio abaixo do superávit de US$ 4,5 bilhões estimado em pesquisa da Reuters com economistas. No mês passado, as exportações somaram US$ 24,3 bilhões, ao passo que as importações alcançaram US$20 bilhões.
No acumulado de janeiro a setembro, a balança comercial registra superávit de US$ 56,4 bilhões, superior ao saldo positivo de US$40,8 bilhões de igual período do ano passado.
O Dow Jones e o S&P 500 oscilavam entre ganhos e perdas durante a manhã desta sexta, com os investidores avaliando um alerta da Fitch sobre o teto da dívida dos Estados Unidos contra o avanço da farmacêutica Merck no desenvolvimento de um remédio oral contra a Covid-19. Compras de barganhas em ações de tecnologia sustentavam o Nasdaq que, assim como o S&P 500, buscava se recuperar do pior mês desde o início da crise do coronavírus.
O presidente norte-americano, Joe Biden, sancionou medida para continuidade do financiamento ao governo até 3 de dezembro, embora democratas e republicanos continuem a se desentender em relação ao aumento do teto da dívida para além dos 28,4 trilhões de dólares para evitar um calote.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 1,73%, cotado a 112.899,64 pontos.
O dólar fechou em queda de 1,42%, cotado a R$ 5,369. A moeda norte-americana chegou a R$ 5,432 na máxima e R$ 5,353 na mínima
Nos EUA, as bolsas fecharam em alta, ganhando impulso durante a tarde. O S&P 500 indicou +1,15% (4.357,05), o Nasdaq registrou +0,82% (14.566,70), enquanto o Dow Jones ficou em +1,43% (34.326,46).
Confira os destaques desta sexta:
PMI industrial no Brasil avança a 54,4 pontos em setembro, diz IHS Markit
O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil subiu para 54,4 pontos em setembro, após 53,6 em agosto, segundo a IHS Markit. O setor se beneficiou da demanda em alta e das iniciativas de aumento dos estoques. Este é o 16º mês consecutivo em que o indicador fica acima do nível neutro, de 50 pontos.
De acordo com a IHS Markit, as empresas compraram materiais adicionais para, além da recomposição dos estoques de insumos, eliminar pedidos em atraso e aumentar os volumes de produção. Como resultado, o índice de produção teve avanço significativo, bem acima da média de longo prazo, e o indicador de emprego seguiu em recuperação. Os problemas de suprimentos, por outro lado, persistiram, com base em uma sinalização de deterioração no desempenho dos fornecedores e em um aumento substancial nos custos de insumos.
Credibilidade da política monetária é chave no Brasil, diz presidente do BC
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, em webinar do Morgan Stanley, que a credibilidade da política monetária é chave no Brasil para atingir a meta de inflação. “Estamos dizendo de maneira bem forte que faremos o que for necessário para cumprir a meta de inflação.”
Ao mesmo tempo que pregou a credibilidade da política monetária, o presidente do Banco Central reforçou que a autoridade monetária não está “ajustando os objetivos” em meio à inflação alta. “Sempre há uma meta móvel. Não estamos mudando nossos objetivos porque a inflação está alta. Tentamos ser o mais transparente possível nas nossas comunicações. Precisamos atingir a meta de inflação”, disse.
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