
O Banco Central aumentou as perspectivas para a inflação em 2021 de 5,8% para 8,5%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira (30).
Para o ano que vem, a autoridade monetária espera que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, fique em 3,7%. Já em 2023, a perspectiva é que a inflação seja de 3,2%.
“Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 8,25% a.a. neste ano e para 8,50% a.a. durante 2022, e reduz-se para 6,75% a.a. em 2023”, explicou o BC.
Inflação surpreendeu no último trimestre
O relatório destacou que o IPCA surpreendeu novamente no trimestre encerrado em agosto, situando-se 1,10 p.p. acima do cenário básico apresentado no Relatório de Inflação anterior.
De acordo com o BC, a alta nos preços dos bens industriais – decorrente de repasses de custos, das restrições de oferta e do redirecionamento da demanda em direção a bens – não arrefeceu e deve persistir no curto prazo.
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Os preços dos serviços também cresceram a taxas mais elevadas nos últimos meses, à medida que o isolamento social por conta da pandemia diminuiu no país.
“Adicionalmente, persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem movimentos da taxa de câmbio, dos preços internacionais das commodities e de condições climáticas desfavoráveis”, destacou o Banco Central.