
O mercado de ações conseguiu recuperar parcela da perda devido ao tombo do minério de ferro e o escândalo da Evergrande. No último fechamento do pregão (22), o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta de 1,84%, cotado a 112.282,28 pontos.
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Investidores têm monitorado a Evergrande de perto, temendo que um possível calote de uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China crie riscos financeiros sistêmicos e gere problemas para todo o mercado. Em entrevista exclusiva à BM&C News, Roberto Dumas, professor de economia chinesa do Insper, analisou o cenário brasileiro e destacou que o país não deve ser tão impactado.
“Primeiro estruturalmente. Desde 2005, a China está querendo mudar o modelo de crescimento econômico”, disse Dumas. Na sequência, o professor explicou que a China está tendo mais renda pra consumir e, com isso, quem se beneficia é o agronegócio brasileiro.
Além disso, a China foi o principal país afetado pela febre suína, de 2017 a 2019. Eles tiveram de dizimar 380 milhões de cabeças de suínos, de acordo com o professor, e por conta disso, o país está em busca de proteína animal. Com isso, o setor de commodities brasileiro se destaca também.
“Apesar de eu acreditar que a demanda por minério de ferro não vai ser como era em 2020, deve ser reajustado aquilo que essas empresas achavam que iam exportar de minério de ferro, não vai ser mais como era projetado no começo deste ano”, pontuou.
Confira a entrevista na íntegra:
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